Uma conceituada empresa de cosméticos americana fez uma campanha publicitária que nos leva a algumas reflexões sobre autoconfiança e autoestima.
Resolveu elaborar desenhos de sete mulheres, com base na sua autodescrição e na descrição feita por desconhecidos.
Para tal foi convidado Gil Zamora, artista forense do FBI, que já produziu mais de três mil retratos falados em seus vinte e oito anos de carreira.
Com essa experiência, a marca registrou a forma como as mulheres se veem, em comparação a como são vistas.
Enquanto as voluntárias se escondiam atrás de uma cortina, Zamora desenhava com base na autodescrição delas.
Em seguida, o artista elaborava outro retrato falado da mesma mulher, porém, descrita por uma amiga ou outra pessoa do seu relacionamento.
O resultado foi que a maioria das figuras elaboradas a partir desse ponto de vista mostrou feições mais harmônicas, mais felizes e mais condizentes com os reais traços fisionômicos dessas mulheres.
O profissional contratado confessou que não esperava que os resultados finais fossem tão distintos.
Ele relatou também que ficou tocado pelas reações emocionais que as mulheres tiveram quando viram os dois desenhos lado a lado.
Elas constataram que a autopercepção estava distorcida, pois as descrições sobre si mesmas eram muito diferentes da percepção dos outros.
Algumas delas se emocionaram ao serem apresentadas às figuras, pois ficava evidente que lhes faltava a valorização dos próprios encantos.
Observaram que, no retrato feito a partir de como elas se descreveram, as imperfeições da face eram ressaltadas e o semblante aparentava ser mais carregado quando comparado ao outro.
As imagens demonstraram que as mulheres eram muito críticas em relação a elas mesmas e não se valorizavam.
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Se nos fosse solicitado que descrevêssemos nossa face será que faríamos como aquelas mulheres?
Estamos valorizando apenas as imperfeições ou conseguimos enxergar nossas qualidades?
A nossa face diz muito sobre nós mesmos e isso nada tem a ver com beleza física e perfeição de traços faciais.
A leveza, harmonia e alegria que carregamos em nosso íntimo, neles, claramente, se exteriorizam.
Podemos não ter um rosto que corresponda aos padrões estéticos de uma determinada sociedade mas, através da pureza de sentimentos, somos capazes de exalar a mais pura beleza.
O belo está na candura do olhar, na mansidão da fala, na leveza dos gestos e na forma como tratamos os outros.
Essa é a verdadeira beleza que devemos buscar construir em nossa alma e que, em consequência, se refletirá em nossos traços fisionômicos.
Saibamos valorizar, na medida certa, o que de bom já conquistamos e busquemos nos amar mais, não no sentido da valorização excessiva do corpo material. Amar-nos mais é respeitarmo-nos, buscando as conquistas superiores da alma.
Através do sorriso, das palavras e das atitudes perante a vida, nosso magnetismo se exteriorizará e se refletirá na aparência.
A beleza real é aquela que tem duração eterna e será medida por nossa capacidade de espalhar luz.
Redação do Momento Espírita. Em 22.8.2013.
Fonte: http://www.momento.com.br
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