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"Onde estejas e por onde passes, sempre que possível, deixa algum sinal de paz e luz para aqueles irmãos que estão vindo na retaguarda, a fim de que não se percam do rumo certo." - Emmanuel

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

ABNEGAÇÃO


A evolução espiritual é um fenômeno bastante complexo, que se dá em sucessivas fases.
No começo, predomina a natureza corpórea.
Dominada pelos instintos, a criatura dedica seu tempo e seu interesse a atividades comezinhas.
Comer, vestir-se, abrigar-se, procriar e cuidar da prole, eis a que se resumem suas preocupações.
Nesse período, o egoísmo é marcante.
Os instintos de conservação da vida e da preservação da espécie têm absoluta preponderância.
Com o tempo, o ser começa a desvincular-se de sua origem.
A inteligência se desenvolve, o raciocínio se sofistica e o senso moral desabrocha.
As invenções tornam possível gastar tempo com questões não diretamente ligadas à sobrevivência.
Viver deixa de ser tão difícil, sob o prisma material.
Em compensação, começam os dilemas morais.
Com a razão desenvolvida, a responsabilidade surge forte nos caminhos espirituais.
O que antes era admissível passa a ser um escândalo.
A sensibilidade se apura e a criatura aspira por realizações intelectuais e afetivas.
Essa nova sensibilidade também evidencia que o próximo é seu semelhante, com igual direito a ser feliz e realizado.
Gradualmente se evidencia a igualdade básica entre todos os homens.
Malgrado possuidores de talentos e valores diversos, não se distinguem no essencial.
Uma chama divina os anima e a todos conduzirá aos maiores cimos da evolução.
Contudo, o abandono dos hábitos toscos das primeiras vivências não é fácil.
Séculos são gastos na árdua tarefa de domar vícios e paixões.
As encarnações se sucedem enquanto o Espírito luta para ascender.
O maior entrave para a libertação das experiências dolorosas é o egoísmo, que possui forte vínculo com o apego às coisas corpóreas.
Quanto mais se aferra aos bens materiais, mais o homem demonstra pouco compreender sua natureza espiritual.
O Espírito necessita libertar-se do apego a coisas transitórias.
Apenas assim ele adquire condições de viver as experiências sublimes a que está destinado.
Quem deseja sair do primitivismo deve combater o gosto pronunciado pelos gozos da matéria.
O melhor meio para isso é praticar a abnegação.
Trata-se de uma virtude que se caracteriza pelo desprendimento e pelo desinteresse.
A ação abnegada importa na superação das tendências egoístas do agente.
Age-se em benefício de uma causa, pessoa ou princípio, sem visar a qualquer vantagem ou interesse pessoal.
Certamente não é uma virtude que se adquire a brincar.
Apenas com disciplina e determinação é que ela se incorpora ao caráter.
Mas como ninguém fará o trabalho alheio, é preciso principiar em algum momento.
Comece, pois, a praticar a abnegação.
Esforce-se em realizar uma série de atitudes com foco no próximo.
Esqueça a sua personalidade e pense com interesse no bem alheio.
Esse esforço inicial não tardará a dar frutos.
O gosto pelo transitório lentamente o abandonará.
Ele será substituído pelos prazeres espirituais.
Você descobrirá a ventura de ser bondoso, de amparar os caídos e de ensinar os ignorantes.
Esses gostos suaves e transcendentes o conduzirão a esferas de sublimes realizações.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita. Em 17.6.2013.

Ludovico Einaudi - Corale



terça-feira, 26 de novembro de 2013

NÃO HÁ MORTE



Depois que partiram do círculo carnal aqueles a quem amas, tens a impressão de que a vida perdeu a sua finalidade.

As horas ficam vazias, enquanto uma angústia que te dilacera e uma surda desesperação que te mina as energias se fazem a constante dos teus momentos de demorada agonia.

Estiveram ao teu lado como bênçãos de Deus, clareando o teu mundo de venturas com o lume da tua presença e não pensaste, não te permitiste acreditar na possibilidade de que eles te pudessem preceder na viagem de retorno.

Cessados os primeiros instantes do impacto que a realidade te impôs, recapitulas as horas de júbilo enquanto o pranto verte incessante, sem conforta-te, como se as lágrimas carregassem ácido que te requeima desde a fonte do sentimento à comporta dos olhos, não diminuindo a ardência da saudade. . .

Antes da situação, o futuro se te desdobra sombrio, ameaçador, e interrogas como será possível prosseguir sem eles.

O teu coração pulsa destroçado e a tua dor moral se transforma em punhalada física, a revolver a lâmina que te macera em largo prazo.

Temes não suportar tão cruel sentimento. Conseguirás porém superá-lo. Muito justas, sim, tuas saudades e sofrimentos.

Não, porém, a ponto de levar-te ao desequilíbrio, à morte da esperança, à revolta. . .

Os seres a quem amas e que morreram, não se consumiram na voragem do aniquilamento. Eles sobreviveram.

A vida seria um engodo, se se destruísse ante o sopro desagregador da morte que passa.

A vida se manifesta, se desenvolve em infinitos matizes e incontáveis expressões. A forma se modifica e se estrutura, se agrega e se decompõe passando de uma para outra expressão vibratória sem que a energia que a vitaliza dependa das circunstâncias transitórias em que se exterioriza.

Não estão portanto, mortos, no sentido de destruídos, os que transitaram ao teu lado e se transferiram de domicílio.

Prosseguem vivendo aqueles a quem amas.

Aguarda um pouco, enquanto, orando, a prece te luarize a alma e os envolvas no rumo por onde seguem.

Não te imponhas mentalmente com altas doses de mágoas, com interrogações pressionantes, arrojando na direção deles os petardos vigorosos da tua incontida aflição.

Esforça-te por encontrar a resignação.

O amor vence, quando verdadeiro, qualquer distância e é ponte entre abismos, encurtando caminhos.

Da mesma forma que anelas por volver a senti-los, a falar-lhes, a ouvir-lhes, eles também o desejam.

Necessitam, porém, evoluir, quanto tu próprio.

Se te prendes a eles demoradamente ou os encarcera no egoísmo, desejando continuar uma etapa que hora se encerrou, não os fruirás, porque estarão na retaguarda.

Libertando-os, eles prosseguirão contigo, preparar-te-ão o reencontro, aguarda-te-ão...

Faze-te, a teu turno, digno deles, da sua confiança, e unge-te de amor com que enriqueças outras vidas em memórias deles, por afeição a eles.

Não penseis mais em termos de “adeus” e, sim, em expressões de “até logo mais”.

***

Todos os homens na terra são chamados a esse testemunho, o da temporária despedida. Considera, portanto, a imperiosa necessidade de pensar nessa injunção e deixa que a reflexão sobre a morte faça parte do teu programa de assuntos mentais, com que te armarás, desde já para o retorno, ou para enfrentar em paz a partida dos teus amores. . .

Quanto àqueles que viste partir, de quem sofres saudades infinitas e impreenchíveis vazios no sentimento, entrega-os a Deus, confiando-os e confiando-te ao Pai, na certeza de que, se souberes abrir a alma à esperança e a fé, conseguirás senti-los, ouvi-los, deles haurindo a confortadora energia com que te fortalecerás até o instante da união sem dor, sem sombra, sem separação pelos caminhos do tempo sem fim, no amanhã ditoso.

Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco

Fonte: http://www.oespiritismo.com.br

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A BELEZA DE CADA UM


No momento em que a mídia enfatiza a beleza como questão de êxito para o sucesso e condição para se enriquecer de forma muito rápida;
no momento em que se observa que muitos dos nossos jovens estão mais preocupados em mostrar e explorar o corpo, do que em conquistar valores reais;
cabe-nos proceder a uma pequena pausa para meditação a respeito dos caminhos que temos buscado trilhar e daqueles que estamos apontando para os nossos filhos.
Conta-se que um homem acabrunhado entrou em um templo para fazer as suas orações. Em determinado momento, confidenciou a Deus:
Senhor, eu estou aqui porque em templos não há espelhos, pois nunca me senti satisfeito com minha aparência.
Então, na intimidade da consciência, ele começou a ouvir uma voz que lhe dizia, com entonação paternal:
Meu filho, nenhuma das minhas obras surgiu ou ficou sem beleza, pois, lembre-se, que tudo criei com amor.
A aparente feiura é resultado da miopia dos homens, que não sabem, por vezes, descobrir a beleza oculta.
De toda forma, lembre que não importa se o seu corpo é gordo ou magro. O que tem capital importância é que ele é o templo do Espírito imortal. Merece toda a consideração, pois, graças a ele, o Espírito atua no mundo para seu próprio crescimento.
Não importa se seus braços são longos ou curtos. O que tem valor é o desempenho do trabalho honesto que executam.
Não importa se as suas mãos são delicadas ou grosseiras. Sua função é distribuir o bem às outras criaturas. É acarinhá-las e lhes transmitir bem-estar.
Não importa a aparência dos pés. Sua função é tomar o rumo do amor e da humildade.
Não importa o tipo de cabelo, cor, comprimento e se existe ou não numa cabeça. O que importa são os pensamentos que por ela passam e que ela transmite, como criação sua, beneficiando ou destruindo seus irmãos.
Não importa a forma ou a cor dos olhos. O que importa é que eles vejam o valor da vida e, assim ilustrados, colaborem para demonstrar esse valor a outros tantos seres que não gozam da mesma facilidade.
Não importa o formato do nariz. O que importa é inspirar e expirar bom ânimo, entusiasmo, fé.
Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativos. O que importa são as palavras que dela saem, edificando vidas ou destruindo pessoas.
*   *   *
Se você não está feliz com a sua aparência física, medite a respeito. Olhe-se no espelho, outra vez, e descubra o brilho dos seus olhos graças ao amor que lhe vai na alma.
Agradeça a possibilidade de um corpo para viver sobre a Terra, nosso lar e nossa escola.
Finalmente, recorde de grandes vultos da Humanidade, que não ganharam prêmios ou foram admirados pela sua beleza física, mas transformaram as comunidades, influenciaram o mundo com seus gestos extraordinários.
Lembre da pequenina irmã Dulce, da Bahia, da também pequena em estatura Madre Teresa de Calcutá.
Por fim, de nosso Francisco Cândido Xavier que, de sua casa, em Uberaba, portador de variadas complicações físicas, espalhava luz para o mundo, através das suas mãos envelhecidas pelo tempo.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com variações a partir do texto O espelho, de autoria desconhecida. Em 14.11.2013.


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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

'O ESPIRITISMO E AS RELIGIÕES' - Grupo Espírita Bezerra de Menezes



O Espiritismo e as religiões
Grupo Espírita Bezerra de Menezes

Só o Espiritismo salva?
Não é o Espiritismo ou qualquer outra religião que salva. O que faz o Espírito se salvar (tomar consciência da Verdade) é seu esforço em praticar boas ações, instruir-se para vencer suas más inclinações, adquirir sabedoria e fazer todo o bem possível ao seu próximo. O que salva é a doutrina de Jesus, entidade responsável pelo planeta, que esteve no plano físico para revelar a Lei na sua maior clareza. Todo aquele que a compreende e a vivencia em espírito e verdade, entrará no Reino de Deus, ou seja, no mundo do entendimento da realidade.

Porque o Espiritismo teve seu início na Europa e não se desenvolveu? O Brasil é a maior pátria espírita no mundo?
No princípio, quando surgiu a Doutrina Espírita, havia um espírito da época, onde se achava que os ensinamentos da Espiritualidade iriam transformar o mundo para melhor em alguns anos. Certos Espíritos que trabalharam na Codificação e o próprio Allan Kardec assim pensavam. Porém, a história tomou outro rumo. O planeta ainda iria ter de conviver com uma forma bem mais perniciosa de materialismo, ou seja, aquela que hoje predomina na sociedade, onde o ser humano é tratado como mero objeto de consumo. O positivismo da época relativa ao nascimento do Espiritismo desapareceu. Infelizmente o sistema planejado pelo Codificador para dar corpo ao movimento espírita nascente não foi criado. Sem método, sem organização racional e homens de coragem, a doutrina simplesmente desapareceu da Europa. Transferida para o Brasil por alguns intelectuais, a Doutrina continuou não encontrando espaço para se desenvolver conforme esperava Kardec. Transformou-se num movimento caracterizado pela total ausência da metodologia kardequiana, com tendências católicas e segmentos fanáticos que cultivam a idolatria de vivos. Um espírito chamado Ismael, ligado às teses do advogado francês Jean Baptiste Roustaing, usando de uma política católica chamada "unificação" (que mantém a unidade na Igreja), sufocou todos os esforços em se kardequizar o sistema. Pode-se dizer que o Brasil é o maior país espírita do mundo. Mas não é por nenhuma razão especial. Simplesmente é porque quase não há "Espiritismo" em outros lugares do mundo. Enquanto aqui existe cerca de oito mil casas espíritas, no resto do mundo elas não passam de alguns centenas.

Quem é o Consolador Prometido por Jesus: Espírito de Verdade? Jesus? A Doutrina?
O Consolador prometido por Jesus é a Doutrina Espírita. Ela veio fazer renascer no mundo a doutrina do Cristo (cristianismo) que estava esquecida, abafada pelo ceticismo do século XIX.. Trouxe as explicações necessárias às palavras de Jesus, que permaneceram envoltas em um véu desde o seu aparecimento. Alargou os horizontes do conhecimento humano falando ao homem de suas origens, de seu destino e de seu objetivo como Espírito imortal. O Espírito de Verdade é a expressão do pensamento divino manifesto nos Espíritos Superiores responsáveis pela Codificação kardequiana. É uma plêiade de Espíritos que trabalham em nome do Bem e para estabelecimento do Reino de Deus na face da Terra.

Algumas pessoas pretendem retirar o caráter religioso do Espiritismo. O que vocês acham? O Espiritismo é Cristão ou não?
Transcreveremos abaixo a opinião do Espírito de Verdade, encontrada no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VI, item 5: "Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana...". E ainda um comentário de Alan Kardec, no capítulo XVII, item 4, que resume esta polêmica a zero: "O Espiritismo não cria uma nova moral, mas facilita aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo ao dar uma fé sólida e esclarecimento aos que duvidam ou vacilam". Rejeitar o caráter cristão do Espiritismo é rejeitar toda a essência da doutrina, que é a mesma da doutrina de Jesus. Os intelectuais, de um maneira geral, rejeitam secularmente a religião ou tudo o que se envolve com ela, pois julgam que tais instituições são castradoras da liberdade. Mas, no caso de intelectuais espíritas, tal atitude é incompreensível. Os ensinamentos dos Espíritos superiores resume a questão, dizendo que o Espiritismo não só é cristão, como é o próprio Cristianismo que ressurge mais forte, trabalhando com a racionalidade, ampliando o conhecimento do homem e endereçando o mesmo ao entendimento de si mesmo.

Como é a hierarquia do movimento espírita? Como o movimento faz para se defender de seitas que se intitulam espíritas e que não seguem o kardecismo?
Não há hierarquia no Movimento Espírita. Todos são livres para praticarem o Espiritismo como bem entendem. Isso, por um lado tem vantagens, mas apresenta também seus problemas. A liberdade excessiva e a falta de compromisso com alguma coisa superior, levou ao enfraquecimento das práticas, dando origem a distorções, condutas e pensamentos que envolvem os adeptos da Doutrina Espírita. Os espíritas nada fazem para se defender daqueles que se intitulam "espíritas", sem o ser. Na maioria das vezes, esperam que o tempo resolva o problema ou freqüentemente nem se importam com isso.

A Religião deve temer a Ciência?
Ciência e Religião é igual a razão e fé. Toda fé deverá ser fundamentada na razão, caso contrário sucumbirá às evidências do progresso da ciência. Allan Kardec nos diz que "fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade". Com o progresso da humanidade, ciência e religião caminharão juntas. Assim é a Lei. Infelizmente, muitas religiões ainda têm a ciência como inimiga da fé.

Como os espíritas celebram o Natal (nascimento de Jesus Cristo) e a Páscoa (ressurreição de Jesus Cristo)?
Da mesma forma que qualquer cristão, com o respeito que as datas merecem. Entretanto, não se pode esquecer que essas datas estão inseridas em um contexto comercial, com forte apelo consumista, que deve deixar alerta qualquer pessoa sensata. Sabe-se que a data do Natal foi criada muito depois do nascimento de Jesus, no ano de 749, quando o imperador Bernardino, o Pequeno, por ocasião da inauguração da Nova Roma, aproveitou a data festiva (25 de dezembro) e instituiu como o dia do nascimento de Jesus. Embora a data comemorada não seja a real, pois na verdade não se sabe ao certo o dia em que nasceu o Mestre, ela tem seu valor por concentrar um número grande de bons pensamentos nessa época, onde as pessoas, por seus sentimentos inatos de religiosidade, ficam mais dóceis, amáveis e fraternas. A Páscoa é uma festa judaica que comemora a saída do povo hebreu do Egito. Como nesse dia foi realizada a crucificação de Jesus, os cristãos absorveram, desde aí, como comemoração de Sua imolação. Deve ser vista apenas como um festa cultural religiosa, sem maiores conseqüências.

Como os espíritas avaliam as diversas religiões orientais espiritualistas, que desenvolvem, também, um trabalho voltado para a evolução do ser humano tendo o altruísmo como ensinamento básico?
O Espiritismo é a doutrina de Jesus e, como tal, oferece aos homens a possibilidade de libertar-se da situação de ignorância espiritual, através de Seus ensinamentos, que se sustenta basicamente no exercício do amor ao próximo. Portanto, todas as doutrinas que professem o mesmo sentimento podem levar o homem a compreender melhor sua essência divina. Entretanto, as religiões orientais por desconhecerem os ensinos libertadores de Jesus, embora tenham conhecimento da imortalidade do Espírito, permanecem presas ao atraso material e intelectual reinante nas regiões onde se localizam. Certamente, são religiões que foram criadas para atender um fim específico, ligado ao desenvolvimento de Espíritos encarnados em determinadas áreas do planeta. Mas, de um modo geral, não se coadunam com a modernidade do mundo ocidental, nem com as necessidades dos seus habitantes. A doutrina de Jesus é superior a elas em todos os sentidos, pois não se atrela a ritualismos, exterioridades, nem fanatismos.

É normal que nos Centros Espíritas haja imagens de "preto-velho" ou qualquer tipo de imagens e quadros?
A Doutrina Espírita direciona o homem em busca do entendimento de si mesmo, libertando-o da ignorância das coisas essenciais. As imagens de qualquer natureza denotam o apego do homem à idolatria e aos costumes de suas antigas crenças. Não faz sentido existir imagens em centros espíritas, quer sejam de pretos-velhos, Nossa Senhora ou Jesus, quer sejam quadros de Espíritos benfeitores como comumente se vê. A casa que acolhe esse costume com naturalidade, certamente está ainda sob o jugo do atraso. Falta-lhe o hábito do estudo libertador. Como o costume católico está impregnado na consciência dos espíritas, comumente se vê nos centros quadros dos grandes luminares do Movimento Espírita, alguns ainda encarnados, o que denota uma condição de fanatismo e idolatria.

O que o Espiritismo entende a respeito do que é o Espírito de Verdade?
O Espírito de Verdade é um corpo de idéias trazidas para nós por iluminados missionários de Deus, sob a égide de Jesus Cristo. Não é uma única entidade como a igreja fez crer por longos anos (e ainda acredita até hoje), mas uma plêiade de Espíritos que trabalham em nome do Bem. O Espírito de Verdade e o Espírito Santo são a mesma coisa, ou seja, esse conjunto de idéias que move o mundo em direção à Verdade, à Justiça e à Paz.

Por que a Doutrina Espírita não aceita o Antigo Testamento, como um livro confiável, sendo que Jesus testifica todos eles como inspirados por Deus?
A Doutrina Espírita aceita a Bíblia como um livro de muita sabedoria, pois é lá que estão todos os fundamentos da mensagem de Deus aos homens. Allan Kardec e os Espíritos superiores tratam das Escrituras Sagradas com muito respeito e com o devido valor. O Velho Testamento se ocupa da Lei antiga e o Novo Testamento, da Boa Nova que Jesus, o Cristo, trouxe à humanidade, para todos os tempos. Não sabemos onde você ouviu esta informação, mas saiba que ela não é verdade. Os espíritas que acham que a Bíblia não é confiável estão equivocados e muito longe da compreensão da profundidade da Doutrina Espírita.

Qual a importância de Moisés? Podemos, como espíritas, nos ocupar de seus escritos?
Moisés foi o homem escolhido por Deus para semear entre os primitivos a lei de todos os tempos e de todos os povos. Estruturou-a em Dez Mandamentos, resumindo os deveres que fariam das criaturas, homens de bem. Ao lado disso, porém, estabeleceu leis disciplinares que pudessem deter uma comunidade de homens primitivos dentro de um sentido mínimo de convivência. Há, portanto, que se separar o que é divino (Lei de Deus) do que é humano (lei disciplinar) na obra desse legislador hebreu. A grande missão dele foi preparar o terreno para que mais tarde Jesus pudesse semear a mensagem da fraternidade universal. Recebeu, portanto, a Primeira Revelação de Deus aos homens. A Lei disciplinar de Moisés está contida nos cinco livros atribuídos a ele: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. A Lei divina são os Dez Mandamentos. Como espíritas temos o dever de saber a gênese de nossa doutrina que não é outra senão a do Cristo, que por sua vez, veio desdobrar os Dez Mandamentos da Lei de Deus.

 Porque diz-se que o Espiritismo é a Terceira Revelação?
O Espiritismo é a Terceira Revelação de Deus aos homens. Antes dela vieram a Primeira, com Moisés e a Segunda, como Jesus Cristo. É uma Revelação porque mostra a existência e natureza do mundo espiritual e suas relações com o mundo material; desenvolve, completa e explica o que foi dito de forma alegórica por Jesus; dá um sentido à vida e explicação lógica ao sofrimento e dificuldades vivenciadas pelas criaturas e abre um vasto campo de possibilidades de crescimento e dá ao homem a definitiva certeza de sua imortalidade e universalidade. Allan Kardec diz: “Ele (o Espiritismo) é portanto obra do Cristo, que o preside, assim como preside ao que igualmente anunciou: a regeneração que se opera e que prepara o Reino de Deus sobre a terra” – (Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 1, 7).

O que é niilismo. O que se entende por postura niilista da vida?
O niilismo é a doutrina do nada. A postura niilista da vida é a maneira imediatista do homem ver a vida, sem a salutar confiança no futuro. A idéia de que a vida se resume entre o nascer e o morrer tem sido a grande razão pela qual a humanidade se mantém no atraso moral. A dúvida sobre o futuro faz com o que o homem concentre seus pensamentos apenas na vida terrena. Sem idéia do porvir, dedica-se inteiramente ao presente, depositando sobre ele todas as suas esperanças de felicidade. Considera os bens terrenos muito preciosos e sua perda causa-lhe pungente dor e sofrimento.

A idéia da nulidade é o mais grave engano da humanidade, o que leva o homem a posturas de extremo egoísmo que tem caracterizado o comportamento em todos os tempos. Com esse pensamento, o homem elaborou seu alicerce em valores transitórios, dando à vida uma importância calcada unicamente na aquisição de riquezas materiais, único bem a que se dispõe adquirir. Tivesse a idéia da conseqüência danosa desse pensamento para a sociedade e para a edificação de seu Espírito imortal, trataria de rever urgentemente seu ponto de vista. Sem perspectivas de futuro (para o Espírito) todas as suas lutas resumem-se em superar o outro, em contraponto com o verdadeiro objetivo da vida, que é a superação de si mesmo. Como a idéia da vida futura lhe é vaga, e às vezes resume-se apenas a frágeis concepções religiosas ou filosóficas, trata de suprir apenas o presente, esbaldando-se em esforços nas conquistas da matéria, única coisa real e justificável em sua ótica niilista.
Qual o papel do Espiritismo no mundo de regeneração?
O Espiritismo tem preponderante papel nesse processo. Deverá oferecer aos homens as ferramentas para a compreensão das leis de Deus. Ou seja, dar aos homens as condições de entendimento a fim de que possa promover a paz pessoal e coletiva. Os centros espíritas poderão ser estruturados de forma a ensinar a conduta cristã aos homens, que a absorverão com facilidade e rapidez. Serão, no mundo de regeneração, o que deveriam ser hoje, ou seja, núcleos equilibrados onde o homem possa abastecer-se da mensagem de Deus, sem os fanatismos, sem fantasias e idolatrias de vivos, próprios de mundos atrasados. Templo e escola, oferecendo os saberes humano e divino. O Espiritismo oferece um vasto horizonte de crescimento, explicando ao homem sua origem e a origem de seus males. Através da compreensão de seus princípios de reencarnação e da lei de causa de efeito, a humanidade poderá mudar seu ponto de vista e assim melhorar suas condições de vida terrena.

Como proceder para realizar o Culto do Evangelho no lar?
O culto do Evangelho no lar é muito simples e traz grandes ensinamentos e equilíbrio para a família. Deveria ser um hábito de todos as pessoas que se dizem cristãs. Não existe uma fórmula, mas pode-se dar alguns conselhos nesse sentido. Faz-se uma prece no início, pedindo a proteção de Jesus. Lê-se um trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo, do Novo Testamento ou de livros e mensagens de procedência idônea. Faz-se breves comentários, de maneira que todos exponham seus pensamentos sobre a lição. Depois, o mais experiente fecha o comentário, se houver necessidade. A seguir realiza-se a prece de encerramento e está feito. Dura, no máximo, 30minutos (de 15 a 30). Numa reunião dessa natureza não comporta manifestações de Espíritos, mesmo que sejam supostos guias familiares. Se houver insistência dos Espíritos para essa prática deve-se ter cautela e observar duas coisas: ou o grupo está sob influência de Espíritos pouco esclarecidos ou conta com a presença de alguma pessoa em desequilíbrio de sua mediunidade. O lugar de manifestações de Espíritos é nas reuniões criadas para esse fim, nas casas espíritas.

Tenho um colega, que já foi espírita e hoje é presbiteriano, que afirma ter evoluído ao abraçar a nova doutrina espiritual. Diz, ainda, o referido rapaz, que as lembranças de vidas passadas, tão bem documentada pela Doutrina Espírita, não passam de recordações provenientes do inconsciente coletivo, fato cientificamente comprovada. Sempre ouvi dizer que a nossa doutrina caminha lado a lado com a ciência e isso foi o que me trouxe a ela. Como argumentar?
Em primeiro, dizemo-lhe que não adianta argumentar as teorias da Doutrina Espírita com os irmãos protestantes. Embora seja uma crença séria e muito ligada aos valores do Espírito (exceção feita às pentecostais, que mercadejam com as coisas de Deus), eles se apegam demais à letra das Escrituras e não adentram no espírito dela. E como diz nosso mestre Paulo de Tarso, a letra mata e o espírito (da letra) vivifica.

Não nos causa surpresa a afirmativa dele de que tenha evoluído ao deixar a Doutrina e entrar no presbiterianismo, que é de muita seriedade. Deve ter tido contato com algo que nada tem a ver com o Espiritismo, como estamos cansadas de ver por esse país a fora. Pois, digo-lhe que quem compreende de fato a Doutrina dos Espíritos dela não quer mais se afastar. Mas nem sempre é assim.
A certeza da reencarnação é única e exclusivamente a crença na justiça divina. Se Deus é bom, justo e perfeito, jamais criaria um mundo de desigualdades, sem que suas criaturas tivessem novas chances de se redimir de seus erros. Seria injusto e incompreensível. A tese do inconsciente coletivo é usada largamente pelas ciências psíquicas, que sem acreditar em nada além desta vida, acharam este gancho para explicar os tantos fatos inexplicados de loucura, desajustes, acessos de ódio, violência etc. Essa tese anula a individualidade após a morte e me admira que doutrinas tão belas como o protestantismo, defenda isto que nada mais é que o materialismo escondido por trás da ciência, que lhe dá o aval de seriedade. É a condição de atraso da humanidade. Sugiro que não procure argumentar, mas leia o capítulo IV do Evangelho Segundo o Espiritismo e o Livro dos Espíritos, no capítulo VI também, perguntas 166 a 221.
Qual a visão espírita com respeito a centenas de pessoas que morrem em acidentes naturais como o que ocorreu no terremoto da Turquia há pouco tempo? Como explicar um acidente de avião onde outras centenas de pessoas morrem? Será que todas tinham que morrer daquela maneira? E o que dizer de um motorista que dorme ao volante de um ônibus levando todos os passageiros à morte? Esse motorista foi um instrumento, quer dizer ele estava fadado a cometer esse ato, causando a morte dessas pessoas que tinham que morrer? Ou será que o descuido do motorista levou todas aquelas pessoas à morte sem necessidade?
Para bem compreender o tema sugerimos a leitura do capítulo VI de O Livro dos Espíritos, sobre guerras, destruição e flagelos. As mortes nem sempre estão programadas, pois muitas vezes são conseqüências do descuido e irresponsabilidade de alguns. Mas, nos grandes acidentes, muitos expiam seus débitos. De todo modo, no mundo atual, devido à situação de dificuldade moral que se vive, muitas pessoas retornam prematuramente por conta dos excessos de toda ordem. Os acidentes por negligência não estão programados e seria injusto se o fossem, mas nessas situações alguns se encontram em situação de resgate, outros já terminaram mesmo sua jornada e outros vão antes da hora. Em tudo , a Lei de Deus, mesmo que nos escape ao entendimento. Sugerimos o estudo de todo o capítulo IV de O Livro dos Espíritos.

Atualmente, temos visto muitos problemas com comunidades carentes e formamos uma Instituição cujo objetivo principal é a filantropia. Estamos atendendo semanalmente 40 (quarenta famílias), sendo estas de diferentes religiões. Seria prudente entrarmos com a divulgação de nossa doutrina?
Existe um equívoco quanto ao que se faz em todo o Brasil em termos de Espiritismo. Por toda parte se pratica apenas assistencialismo. A Doutrina Espírita não veio à humanidade para assistir o homem em suas necessidades materiais. Sua missão principal é a de esclarecer a respeito da verdade em todas as suas conseqüências. Isso, pouca gente sabe fazer de maneira produtiva.

A assistência social deve ser praticada pelos grupos espíritas, mas como conseqüência do entendimento de que é preciso fazer alguma coisa para ajudar quem tem fome. Mas, se não ensinarmos aos homens o caminho do Evangelho, quando desencarnarem, permanecerão em trevas. Concluí-se daí, que o verdadeiro alimento é o conhecimento. O verdadeiro espírita não faz apenas filantropia sem ensinar a Doutrina que liberta o Espírito.
Como interpretar o culto do Candomblé?
O Candomblé é um culto africano. Os negros africanos, ao chegarem ao Brasil, trouxeram um culto primitivo, oriundo de sua pátria, conhecido como Candomblé. Cultuavam alguns deuses chamados por eles de "orixás". Essas divindades seriam, por um lado, ligadas à natureza e por outro aos homens. Praticantes seculares do mediunismo, os negros adeptos do Candomblé, não aceitavam e não aceitam até hoje, a "incorporação" em seus médiuns de Espíritos de "mortos". No Candomblé um Espírito errante é chamado de "egum". Nos terreiros de Candomblé, só se manifestam mediunicamente as divindades chamadas de "orixás".

O Panteão Africano constitui-se basicamente por sete Orixás Maiores e ainda por muitos Orixás Menores. Os primeiros, são voltados para o lado mais divino da obra de Deus. Os últimos, são mais ligados à própria criatura humana.
Os "orixás", ao presidirem a própria natureza através de seus agentes, trariam em si características de personalidade que os ligariam a determinados estados evolutivos da espécie humana. A vibração provocada pelo tipo de personalidade de um certo indivíduo, vai colocá-lo sob a influência de determinado "Orixá". Diz-se, então, que ele é oriundo daquela faixa psíquica, ou como fazem no Candomblé, que ele é "filho de Santo". Nada tem a ver com Espiritismo.
Gostaria de saber se em um centro espírita, onde tudo foge da Doutrina de Allan Kardec como: não tem hora para começar e nem terminar, assuntos supérfluos, moral do dirigente inadequada, consultas nos trabalhos mediúnicos, etc., um médium pode se afastar da tarefa por não concordar com o trabalho? Haverá influência negativa em sua vida? A mediunidade ficaria desequilibrada? Seria falta de caridade?
A respeito de suas perguntas, e levando em consideração seu relato, temos a dizer que estará melhor longe desse grupo, pois está sob jugo de Espíritos atrasados. Procure um grupo sério onde você possa estudar a Doutrina com dedicação e discernimento. Se não encontrar, estude em casa e visite os sites sérios sobre o Espiritismo, lendo os trabalhos escritos sobre as atividades doutrinárias. Estará melhor assistida e terá mais proveito, sem dúvida. Se puder esclarecer outras pessoas de lá sobre essas coisas, tanto melhor. Alguns não sabem que estão se prejudicando nesse tipo de núcleo em completo desequilíbrio. Existem muitos assim, sem dúvida.

Os Adventistas do Sétimo dia e os Judeus têm o dia do Sábado como dia escolhido por Deus para a louvação. Faz parte dos Dez Mandamentos das Antigas Escrituras. Gostaria de saber mais a respeito disso, pois tenho parentes adventistas e amigos judeus, que combatem o Catolicismo por "guardarem" o Domingo.
Guardar o sábado ou o domingo é apenas uma questão de forma. Quando as Leis vieram através de Moisés, o sábado já era um dia reservado à adoração pelos povos antigos. Santificar o dia de Sábado, na verdade quer dizer que pelo menos um dia da semana o homem teria que se dedicar às coisas de Deus. Mas tanto pode ser sábado, como domingo, como qualquer outro dia. É apenas uma questão de forma. Na verdade o homem de bem teria que se dedicar a observar a Lei todos os dias. Mas ainda somos atrasados para compreender isso. Que seja pelo menos em um dia. Não faz sentido achar que é neste ou naquele. Pensar assim é grande sinal de atraso espiritual ainda.

Porque o Espiritismo não aceita banhos, velas, sal, talismãs e outras coisas e usa água fluidificada e passes? Onde Kardec falou desse procedimento?
Importante se definir sob qual orientação espiritual queremos nos manter. O Espiritismo é uma doutrina codificada por um missionário chamado Allan Kardec. Em todos os seus ensinamentos, ele e os Espíritos superiores que trabalhavam com ele, nunca prescreveram qualquer tipo de talismã ou objetos que pudessem servir para ajudar uma pessoa na solução dos seus problemas. Ora, quando examinamos os ensinamentos do Cristo, também encontramos o mesmo espírito. Kardec afirma que certas pessoas utilizam de objetos materiais para despertar a sua fé. Mas deixa claro que isso é uma estreiteza de visão desses Espíritos. Claro, uma doutrina não pode nivelar seus conceitos por princípios ligado à transitoriedade e relatividade das coisas. Quem precisa de objetos para despertar sua fé está mais atrás na senda do progresso e não deve, em hipótese alguma, ser tomado como exemplo a ser seguido.

O passe nada mais é que a imposição das mãos, ensinada por Jesus e muito utilizada na época do Codificador para magnetizar enfermos e obsediados. Quanto à água fluidificada, ela fundamenta-se no princípio de que os objetos materiais podem ser magnetizados. No caso da água, supõe-se que ela seja o elemento mais fácil de receber energias, por causa de sua natureza etérea. Daí nasceu a idéia de se magnetizar esse elemento, para os enfermos pudesse utilizá-los no tratamento de suas doenças. Nas Obras Básicas e na Revista Espírita, Allan Kardec fez longos e sérios estudos sobre o magnetismo e natureza e utilização dos fluidos humanos e espirituais.
A Bíblia condena o Espiritismo?
A Bíblia não condena o Espiritismo, pois o termo Espiritismo surgiu em 1857 com Kardec. O que a Bíblia proíbe, e com justiça, é a pratica da mediunidade de forma incorreta. E a mediunidade não é exclusividade do Espiritismo. Este comentário existe porque Moisés proibiu a evocação dos mortos, pois essa prática havia se tornado um abuso entre os judeus, com videntes sendo consultadas a todo instante, por motivos fúteis, causando grande confusão na coletividade.


Fonte: http://www.espirito.org.br

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

SEMPRE O AMOR


chave.JPG?width=200O mundo é tão cruel...
Em todos os cantos, notícias de calamidades, de maldades sem sentido, de dor, de profunda dor.
Parece que a Terra sofre sem cessar...
Terremotos e tsunamis agitam o orbe, mas também atingem o âmago do ser, que se remexe interiormente, buscando novo estado íntimo.
Sabemos de tudo que acontece em qualquer canto do mundo e, estranhamente, o que mais nos interessa ainda, são as desgraças. Elas vendem – usando do linguajar lamentável que aprendemos a repetir.
Boas notícias, bons acontecimentos são exceção! Será mesmo?
Fala-se em demasia de economias em crise, como se a felicidade do mundo fosse medida apenas por sua situação econômica. Se as economias vão mal, tudo vai mal. Será?
O que pode mudar essa paisagem? O que pode mudar esse sentir?
Como caminhar no meio disso tudo, sem se impregnar de um negativismo pegajoso, quase inevitável?
Como criar os filhos? Como criar asas? Como manter os sonhos?
O que pode mudar essa paisagem? O que pode mudar esse sentir?
O amor.... ainda o amor.
*   *   *
Tudo ama.
A vida é um cântico de exaltação ao amor.
Osculando a rosa, arranca-lhe o sol haustos de perfume.
Acariciando o regato, toma-lhe o ar balsamizante orvalho.
Espraiando-se a luz, no firmamento, recebe-lhe a Terra magnetismo refazente.
Desde o verme que no subsolo labora, pela honra do pão, até os refulgentes oceanos de astros nas galáxias do infinito, a vida é um hino ao amor.
Mergulha a planta a raiz na madre do solo, e da junção afetiva desdobram-se flores e frutos, abençoando a interdependência da planta e da terra.
Ergue-se a criatura ao Criador em oração e responde o Criador à criatura na inspiração.
Tudo vibra e ama: a gota d´água vitalizando o vegetal e a partícula de húmus fertilizando o deserto.
No entanto, o homem chora, sofre e se entristece...
Só ele guarda na face as marcas da inquietação...
Dor é bênção, aflição é ensinamento, tristeza é oportunidade de renovação, sofrimento é resgate...
Nascido na carne pelo impulso sublime da lei para evoluir, detém-se muitas vezes fora da lei, fugindo de si mesmo para enfrentar-se mais tarde.
E tudo é amor...
*   *   *
Abra para esse amor, coração alanceado que chora, as portas da sua luta, e avance cantando ao ritmo do trabalho a melodia da esperança.
Você defrontará em toda a parte a mensagem da vida, forjando formas e aspirações novas, corporificando o infinito amor de nosso Pai, para a glória de nós todos.
*   *   *
Já comunicamos nosso amor hoje?
Para alguém, para a natureza, para o sol, para a vida...
Podemos ir além do dizer eu te amo, embora estas palavras mágicas funcionem sempre muito bem quando ditas de coração, com sinceridade.
Não deixemos de levar nosso amor a alguém, enquanto é hoje, enquanto ainda há tempo...

Redação do Momento Espírita, com base no cap.40, do livro Sementeira da fraternidade, de Divaldo Pereira Franco, por diversos Espíritos, ed. LEAL. Em 7.11.2013.


Vangelis - Hymne

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

VIOLÊNCIA NO LAR: DE QUEM É A CULPA?

Instituto Espírita de Educação - Violência no lar from Instituto Espírita de Educação

VISÃO ESPÍRITA DA VIOLÊNCIA

. FILOSOFIA ESPÍRITA AFIRMA QUE A PREDISPOSIÇÃO PARA O CRIME OU PARA O ATO VIOLENTO, VEM DO ESPÍRITO. NÃO VEM DAS GLÂNDULAS, E NEM DE UMA CONDIÇÃO INSTINTIVA DA CRIATURA, O QUE REVELARIA UMA CONDIÇÃO DE IMPERFEIÇÃO DO CRIADOR.

. MAIOR OU MENOR PROPENSÃO À VIOLÊNCIA DEPENDE DO GRAU DE ATRASO OU DE ADIANTAMENTO DO ESPÍRITO.

. O VIOLENTO É UM DOENTE ESPIRITUAL E NÃO PRODUTO DO MEIO SOCIAL OU GENÉTICO. NÃO HÁ SER CRIADO PARA DESTRUIR.

***

O VIOLENTO DEVE SER EXAMINADO COMO ALGUÉM PERTURBADO EM SI MESMO, EM LAMENTÁVEL PROCESSO DE AGRAVAMENTO. NÃO OBSTANTE, MERECE TRATAMENTO A AGRESSIVIDADE (A VIOLÊNCIA) QUE PROCEDE DO ESPÍRITO, CUJOS GÉRMENS O CONTAMINAM EM DECORRÊNCIA DA PREDOMINÂNCIA DOS INSTINTOS MATERIAIS QUE O GOVERNAM E O DOMINAM. - JOANNA DE ÂNGELIS

Fonte: Instituto Espírita de Educação
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