Em todos os recantos onde Jesus deixou o sinal de sua passagem, houve sempre grande movimentação no que se refere ao ato de levantar e seguir.
André e Tiago deixaram as redes para acompanhar o Mestre.
Os paralíticos que retomaram a saúde se reergueram e andaram.
Lázaro atendeu ao chamamento do Cristo e levantou-se do sepulcro.
Entre dolorosas peregrinações e profundos esforços de vontade, Paulo de tarso procurou seguir o Jesus, entre açoites e sofrimentos, depois de se haver levantado, às portas de damasco.
Numerosos discípulos do evangelho, nos tempos apostólicos, adotaram atitude semelhante.
Eles acordaram da noite de ilusões terrestres e demandaram os testemunhos santificados no trabalho e no sacrifício.
Isso constitui um acervo de lições muito claras a quem quer que se afirme cristão.
A maioria adota, em quase todos os seus trabalhos, a lei do menor esforço.
Muitos esperam a paz ofertada pelo Cristo no conforto de poltronas acolhedoras.
Outros fazem preces por intermédio de discos ou CD’s.
Outros fazem preces por intermédio de discos ou CD’s.
Há quem deseje comprar a tranqüilidade celeste mediante generosas esmolas.
Alguns cristãos aguardam intervenções miraculosas e sobrenaturais para melhorar sua vida, sem qualquer esforço próprio.
Contudo, é importante que cada qual se indague se está efetivamente seguindo o Cristo, ou se apenas adota fórmulas de culto exterior, carentes de significado.
Seguir o Mestre divino implica levantar-se e renovar-se.
Não há como trilhar o caminho da verdadeira vida sem imitar os luminosos exemplos de Jesus.
Como é impossível alçar altos vôos com os pés chumbados ao solo, torna-se imperiosa a libertação dos vícios incompatíveis com a condição de fiel discípulo do Cristo.
Cada criatura, mediante sincera e humilde auto-análise, poderá identificar o que a prende à terra e a impede de levantar-se.
Afinal, sem noção clara da tarefa a ser empreendida, não há como realizá-la a contento.
Para alguns, a frente de batalha situa-se na necessidade de domar a sexualidade em desvario.
Outros destroem seu corpo com a gula.
Muitos amam o ócio, gastando seu tempo com mil passatempos que a nada conduzem, ao invés de trabalharem para o progresso pessoal e coletivo.
A maledicência é o calcanhar de Aquiles de numeroso contingente de pessoas.
Do mesmo modo ocorre com a ganância, a desonestidade, o egoísmo, o orgulho e a vaidade, dentre outros tantos vícios que infelicitam a humanidade.
Identificados os obstáculos à própria evolução, não resta alternativa senão a labuta diária e persistente para erradicá-los.
Cada um é herdeiro de si mesmo e as dificuldades atuais refletem opções equivocadas do passado.
Quem já se dispôs a seguir o Cristo há longa data, por certo hoje se encontra pleno de paz e harmonia.
Mas a maior parte da humanidade, lenta em assumir as responsabilidades e as rédeas do próprio processo evolutivo, permanece desequilibrada, entre reclamações e infantilidades.
Entretanto, ninguém fará nosso trabalho.
Se queremos a paz que o Cristo ofereceu, devemos imitar-lhe os exemplos e romper, de forma vigorosa e determinada, com os hábitos do homem velho que ainda vive em nós.
O amoroso chamado do Mestre ecoa em nossas consciências há milênios, convidando-nos à verdadeira vida.
Compete-nos a decisão de levantar e segui-lo, mediante profunda e definitiva transformação de nosso ser.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo I do livro Segue-me!..., do Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier.
Fonte: http://www.momento.com.br
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