Aclarando os problemas complexos da alienação mental na maioria dos Espíritos desencarnados, pelo menos durante algum tempo além da morte, vale comentar, ainda que superficialmente, alguns dos experimentos efetuados pela ciência terrestre nos mecanismos nervosos, para que possamos ajuizar da importância da harmonia entre a mente e o seu veículo fisiopsicossomático, no plano físico ou extrafísico.
Assemelhando-se no conjunto ao musicista e seu instrumento, alma e corpo hão de conjugar-se profundamente um com o outro para a execução do trabalho que a vida lhes reserva.
E, sabendo-se que a alma é direção e o corpo obediência, é da Lei Divina que o homem receba em si mesmo o fruto da plantação que realizou, visto que, nos órgãos de sua manifestação, recolhe as maiores concessões do Criador para que efetive o seu aperfeiçoamento na Criação.
Assim sendo, de seu próprio comportamento retira, nos vastos setores em que se lhe processa a evolução, o bem ou o mal que, lançando ao caminho, estará impondo a si mesmo.
[56 - página 119] - André Luiz, 23/3/1958
Tem-se procurado explicar, pela prática dos neurologistas, toda a classe de fenômenos intelectuais, através das ações combinadas do sistema nervoso; e, de fato, a Ciência atingiu certezas irrefutáveis, como, por exemplo:
a de que uma lesão orgânica faz cessar a manifestação que lhe corresponde
e que a destruição de uma rede nervosa faz desaparecer uma faculdade.
Semelhante asserto, porém, não afasta a verdade da influência de ordem espiritual e invisível, porque se faz mister compreender, não a alma insulada do corpo, mas ligada a esse corpo, o qual representa a sua forma objetivada, com um aglomerado de matérias imprescindíveis à sua condição de tangibilidade, animadas pela sua vontade e por seus atributos imortais.
Algumas escolas filosóficas fizeram da alma uma abstração, mas a psicologia moderna restabeleceu a verdade, unindo os elementos psíquicos aos materiais, reconhecendo no corpo a representação da alma, representação material necessária, segundo as leis físicas imperantes na Terra, as quais colocaram no sensório o limite das percepções humanas, que são exíguas em relação ao número ilimitado das vibrações da vida, que para elas se conservam inapreensíveis.
É, pois, o corpo_espiritual a alma fisiológica, assimilando a matéria ao seu molde, à sua estrutura, a fim de materializar-se no mundo palpável. Sem ele, a fecundação constaria de uma composição amorfa e todas as manifestações inteligentes e sábias da Natureza, que para todos nós devem significar a expressão da vontade divina, constituiriam uma série de fatos irregulares e incompreensíveis, sem objetivo determinado. (Ver: Biogenética)
[71 - página 134] - Emmanuel - 1938
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Notas:
Biogenética
O genoma humano é o conjunto das informações contidas no DNA das células_humanas e que, em última análise, controla o funcionamento de todas as células, e, indiretamente, controla o funcionamento de todo o corpo. Ele contém informações_hereditárias, ou seja, na reprodução, material genético é transmitido de uma geração para a outra, e cada novo ser é formado por um novo genoma - resultado da combinação de uma parte do genoma materno com uma parte do genoma paterno.
Na medida em que se conhece o genoma humano, pode-se colher informações – como já se faz atualmente com muitas doenças – sobre qual é exatamente o ponto, a localização do que apresenta uma informação inadequada, uma informação truncada – que possui ali um gene, uma unidade informacional que está errada.
Portanto, se nós conseguimos identificar, dentro do genoma humano, onde se estão localizadas as falhas genéticas (os genes ou conjunto de genes "errados", que provocam alguma anomalia), teremos, muito em breve (pois tais processos ainda não são totalmente praticáveis) a perspectiva ou a possibilidade de alterarmos as características, como, por exemplo: substituir genes defeituosos por genes funcionalmente normais, para que determinado indivíduo doente apresente uma vida normal, sadia. As possibilidades de intervenção em nível genético serão muito grandes e, naturalmente, todos estes novos conhecimentos poderão ser utilizados tanto positivamente quanto negativamente.
Todas as células de um mesmo organismo (de uma mesma pessoa) são geneticamente iguais, todas carregam exatamente as mesmas informações. Uma pergunta muito comum que se faz é a que se segue: “como é possível células que possuem a mesma informação desenvolverem características diferentes?” – porque o genoma é um conjunto de informação contida em todas as células de um determinado organismo e, assim, uma célula do olho carrega as mesmas informações que uma célula do pâncreas ou do fígado. Desta forma, como elas podem diferir entre si, tanto funcionalmente quanto morfologicamente? O que acontece é a existência de mecanismos, ainda não totalmente elucidados, mas já identificados, em que o indivíduo “ativa” e “inativa” partes do seu genoma.
Então, uma comparação que gosto de fazer é que o genoma é um “manual de instruções” dividido em vários capítulos – que são os vários genes que o indivíduo tem. Portanto, todas as diferentes células de um mesmo organismo possuirão, cada uma, uma cópia completa deste manual de instruções, que é único. Porém, as células, de acordo com a sua natureza específica, na hora de seguir tais instruções, considerarão alguns capítulos e ignoram outros. Isto é capaz de explicar este dilema, onde existe diferenciação celular, apesar de todas as células do corpo serem geneticamente idênticas.
É a partir deste conhecimento que se pode fazer a “clonagem”, como foi o caso clássico da “ovelha Dolly” – o primeiro mamífero clonado que se tem notícia. O que se fez foi pegar uma célula da glândula mamária de uma ovelha, utilizando-se do núcleo – onde está todo o material genético -, transplantá-lo para um óvulo, em substituição de seu núcleo e, finalmente, ativar este óvulo, induzindo-o à dividir-se – como aconteceria se o mesmo tivesse sido naturalmente fecundado. Desta forma, a partir da célula de uma glândula mamária foi produzido um corpo completo, com todos os órgãos e todas as funções. Dentro desta célula mamária inicial encontravam-se íntegras todas as instruções e informações genéticas - embora a mesma só desempenhasse as funções relativas à da célula mamária, pois qualquer outra função estaria inativa. As células estavam ali, íntegras, tanto que foram reaproveitadas neste processo de clonagem.
Sabemos o motivo pelo qual existe esta diferenciação do neurônio de uma célula do pâncreas. Porém, o mecanismo preciso que faz com que a célula do fígado, a célula dos rins, um neurônio siga este ou aquele "capítulo", ative este ou aquele conjunto de gene e deixe de ativar outro, este mecanismo ainda é muito pouco conhecido. Já existem algumas informações que nos trazem algumas luzes dentro destas trevas, deste campo ainda obscuro do conhecimento humano, porém, tudo isso ainda é muito pouco. (Ver: Fecundação).
Naturalmente, a medida em que tal conhecimento vá sendo desvendado, quando os cientistas começarem a entender tal mecanismo a ponto de interferir diretamente em seus processos, certamente poderemos fazer com que uma célula que possui certa característica assuma outra característica, tanto no sentido estrutural quanto funcional. Para isto, basta que sejamos capazes de interferir no mecanismo natural de ativação e inativação gênica. Porém, ainda não temos este tipo de informação em mãos, ainda não dispomos deste conhecimento devidamente registrado e disponível. Eu acredito, todavia, que não levará muito tempo para que tenhamos este conhecimento disponibilizado.
O texto acima faz parte da entrevista com o Professor Luiz Leal Ferraz, professor de Biologia e Coordenador do 2º grau do Colégio São Bento.
Entrevistador: professor Elias Celso Galvêas. Entrevista feita para a PUC-RJ.
Rio de Janeiro, 5 de Maio de 2001.
Ver entrevista completa em: http://maxpages.com/elias/Avancos_da_Biogenetica
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[56] EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS - Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira – André Luiz 20ª edição.*
[71] EMMANUEL - 5º livro de Francisco Cândido Xavier - @1938 – 1º livro ditado por Emmanuel, 22ª edição. *
Fonte: http://www.guia.heu.nom.br/alma_e_corpo.htm
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