Enquanto nos demoramos nas teias da animalidade, costumamos centralizar a vida na concha envenenada do egoísmo, orientando-nos pelo cérebro, agindo pelo estômago e inspirando-nos pelo sexo...
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A passagem na Terra significa, então, para nossa alma, o movimento feroz de caça e presa.
O cálculo é o nosso modo de ser.
A satisfação física é o nosso estímulo.
O prazer dos sentidos é a finalidade de nosso esforço.
Entretanto, quando a luz do Evangelho se faz sentir em nosso coração, altera-se-nos a vida.
O amor passa a reger nossas mínimas expressões individuais.
Identificamos as nossas próprias feridas, catalogamos nossos próprios defeitos e inventariamos nossas próprias necessidades.
A língua perde a volúpia delituosa da maledicência.
Os olhos olvidam a treva, em busca de Sol que lhes descortine horizontes mais vastos.
Os ouvidos esquecem as serpes invisíveis do mal, a fim de se concentrarem nas sugestões do bem.
E a cabeça procura o suave calor da fornalha da caridade, a fim de que as ilusões lhe não imponham o frio do desapontamento triste, compensação de quantos reclamam a felicidade que a Vida Física não lhes pode dar.
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Chegada essa hora de renovação do nosso próprio espírito, nossa existência se transforma numa pregação permanente aos que nos seguem os passos, de vez que a lâmpada acesa do ensinamento de Jesus, no imo da alma, é astro irradiante a clarear a marcha da vida.
Não te gastes, desesperando-te em exigências descabidas, nem te percas no cipoal das queixas sem significação.
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Procura o Cristo, em silêncio, e grava as lições d’Ele nas páginas da própria luta de cada dia e quem te acompanha saberá encontrar, em tua conduta e em teus gestos, o abençoado caminho da elevação.
Livro: Alvorada do Reino
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
IDEAL – Instituto de Divulgação Editora André Luiz
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