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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

SHIVA-SHAKTI - A LEI DE ATRAÇÃO E O CAMINHO DE INTEGRAÇÃO DOS OPOSTOS



SHIVA-SHAKTI
A LEI DE ATRAÇÃO E O CAMINHO DE INTEGRAÇÃO DOS OPOSTOS

Imaginemos que está aqui um rapaz e além, distante dele, uma moça; eles se olham, sorriem um para o outro... Se considerarmos os fatos de um ponto de vista mecanicista e material, diremos: eis dois corpos bem distintos, separados e que não se tocam; não há, portanto, nenhuma comunicação entre eles. Mas, se analisarmos a questão de um ponto de vista metafísico e espiritual, entenderemos de modo diferente, pois dado que estas duas Almas se comunicam entre si, elas estão realmente unidas pelos fluidos e emanações, exatamente como os raios de duas estrelas se fundiriam no espaço cósmico.
Nós temos centros de atração e de projeção fluídica: o cérebro, o coração e os órgãos genitais. Cada um desses órgãos atrai por um lado e repele pelo outro. É por meio desses aparelhos que nós nos colocamos em comunicação com o fluido universal ( akasha ) através de transmissões codificadas e decodificadas pelo sistema nervoso.
Todo esforço inteligente da vontade é uma projeção de fluido. Fluido significa então sistema das vibrações. Sendo o instrumento da vida, se fixa naturalmente no centro de todos os seres vivos – ao centro do planeta como ao centro conhecido como o âmago da Alma humana. É este fluido que, projetado sem cessar pela nossa vontade, forma o que se chama a atmosfera pessoal. O corpo absorve o que o rodeia e irradia sem cessar seus aspectos invisíveis.
O amor seria um dos grandes instrumentos desse poder mágico. Quando a atmosfera magnética de duas pessoas é de tal modo equilibrada, que o atrativo de uma aspira a expansão da outra, produz-se uma atração que se chama simpatia. Esta relação pode-se dar ao nível de um ou mais dos três andares magnéticos da Alma humana: órgãos genitais (genitalidade ou, a nível mais refinado, sexualidade), coração (afetividade) e o cérebro (intelectualidade ou, a nível mais refinado, espiritualidade). O amor sexual é sempre uma ilusão, porque é o resultado de uma miragem imaginária.
Entre estas formas de atração está aquela que chamamos de “alma gêmea”. Mas, como podemos encontrar a “alma gêmea” entre a multidão humana? É uma tarefa difícil, pois está condicionada pelo karma de cada uma das metades e, em geral, o encontro se produz somente quando foi predestinado. A maioria dos encontros humanos ocorre com as quais já possuímos laços de karma , positivos ou negativos, o que aumenta consideravelmente a possibilidade de encontro das almas gêmeas. Quando isso acontece, essas almas se reconhecem imediatamente, pois a consciência superior nesses casos penetra até as personalidades, embora os dois lados geralmente considerem o encontro como um simples caso feliz. Um espiritualista deve aspirar conscientemente a esse encontro, meditar sobre ele, criar sua imagem mental, magnetizando-a com sua vontade. Tal concentração mental e volitiva pode agir como um imã para esta ou futura encarnação, especialmente se a outra metade faz o mesmo do seu lado.
Deste modo, estamos formando um androginato oculto; uma união harmoniosa entre dois seres de polaridade oposta. O verdadeiro androginato se origina no plano espiritual, no fato de pertencerem a mesma centelha divina, o que causa uma atração mútua de caráter supra-racional, diferente da síntese harmoniosa das características pessoais. Portanto, até que o aspirante espiritual encontre realmente sua alma gêmea, por muitas experiências de união entre pessoas ele passará, refinando cada vez mais o seu discernimento.
Se aceitarmos a divisão da Alma humana em espírito, psiquê e corpo, podemos dizer então que existe um androginato sexual, outro afetivo e um terceiro espiritual. O androginato sexual é formado pela perfeita sintonia de corpos físicos ( sthula sharira ) e, na maior parte das vezes, são escravos de sua paixão. O androginato afetivo é a união entre, não só os corpos físicos, mas também entre corpos psíquicos ( sukshma sharira – emocional e mental inferior). Já o androginato espiritual abrange os três corpos, isto é, físico, psíquico e espiritual ( karana sharira ).
A esses diversos tipos de androginatos correspondem vários tipos de atração comumente chamados de amor. Existem também diferentes modos de amor desde a paixão animal até a mais alta forma espiritual. Esta é caracterizada pela ausência total de egocentrismo e da procura da felicidade pessoal. No caso de um verdadeiro androginato espiritual não existe qualquer predomínio de uma ou de outra das polaridades em nenhum dos planos. Nenhuma das metades procura se apoiar na outra; cada uma se sente com direitos iguais para criar a união. Os dois lados fundem-se harmoniosamente em todos os planos. É um processo misterioso que podia ser comparado a duas harmonias que unindo-se criam uma sinfonia mais profunda e um grande valor a vida inteira.
A realização de um futuro androginato espiritual pode ser consciente ou inconsciente. No último caso é lenta, quase automática, efetuando-se nos planos superiores fora do conhecimento das pessoas envolvidas. A formação consciente, que constitui uma prova de que já se encontra no caminho da iniciação, é muito mais intensa, especialmente se as duas metades não apenas aspiram a sua futura união, mas conhecem a origem, a natureza e o alvo dessa aspiração.
Em que consistirá o trabalho das almas gêmeas durante a sua estadia na Terra? O próprio androginato espiritual é uma obra divina que, inalterável, existe no plano espiritual além de qualquer alcance ou influência humana. O trabalho das almas gêmeas consistirá em formar uma super-personalidade comum, livre dos elementos involutivos dos planos inferiores, andrógina e aperfeiçoada para que possa servir de morada ao princípio espiritual. Começa pela criação do corpo etéreo comum, como conseqüência do contato contínuo dos fluidos, o que pode ser intensificado por exercícios especiais de magnetização mútua. O corpo astral se cria pela interpenetração dos eflúvios astrais. A concentração sobre o assunto, a similaridade do modo de pensar formam e fortalecem o corpo mental comum. A criação pelos dois lados, da forma-pensamento do seu andrógino e a sua vivificação com fluidos vitais é um momento importante desse trabalho iniciático. Do ponto de vista oculto, a super-personalidade criada é uma formação etéreo-astral semelhante a uma egrégora. Na realidade é uma egrégora específica composta de dois seres. Como em toda egrégora, seus componentes parecidos, mas não idênticos, não se dissolvem, mas enriquecem-se mutuamente.
O androginato espiritual, no atual estágio da evolução da Alma, é extremamente raro. A influência evolutiva de um androginato espiritual ultrapassa o meio ambiente espalhando-se sobre a humanidade. Cada androginato espiritual realizado é um rasgo efetuado no véu escuro do aspecto involutivo que envolve o planeta, é uma abertura que permite o acesso da luz. É importante que a imagem desse futuro encontro esteja sempre viva no discípulo, animada pelos seus pensamentos, sentimentos e vontade. Na sua aura se formará um campo magnético que contribuirá para a aproximação. Nenhum esforço nesse sentido será perdido.
O androginato espiritual só aparece conscientemente na Alma humana quando esta se torna uma aspirante espiritual. Chega um momento no caminho evolutivo da Alma, no qual ela cessa de opor-se, não luta mais, antes deseja compreender o porquê do que acontece, captar o verdadeiro significado da vida, enfim, “encontrar-se a si mesma”.
Até então, vinha a Alma comum, cheia de ideais, buscando insatisfeita a sua outra parte perdida no Cosmo. Sua consciência permanecia ainda adormecida e por isso buscava fora aquilo que está dentro. O verdadeiro androginato espiritual começa dentro de nós, para depois ir se unir a outra metade. Se a própria Alma desconhece a sua essência, como pode então encontrar aquilo que é exatamente o seu complemento? Finalmente, entende que a aspiração de conhecer-se é o primeiro passo no longo caminho do androginato espiritual.
Embora a Alma ainda não tenha conhecimento é a própria consciência dentro dela que a incita para frente, que lhe dá a aspiração de procurar a realidade atrás das aparências e o irresistível impulso para engrandecer-se e auto-realizar-se.
A Alma “desperta” percebe que a parte inferior da sua personalidade fora transformada. Compreende que para possuir eternamente a luz espiritual, ela deve realizar um longo, paciente e complexo trabalho de purificação e transmutação. Deve empreender uma descida às profundezas da própria natureza para conhecê-la, aceitá-la, sublimá-la e transmutá-la. Portanto, o despertar é uma mutação interior que marca o início de uma nova fase evolutiva para a Alma, fase durante a qual ela pode acelerar o seu amadurecimento, tendo enfim consciência de si mesma e de sua meta, mas também de que esta não é alcançada sem conflitos, crises, provações e ulteriores iluminações e aberturas a serem conquistadas.

NARADA

Dr. Roberto Nogueira
Fisioterapeuta, Terapeuta dos Campos Sutis e Prof. de Yoga

Nota: A União entre Shiva e Shakti

No sistema das divindades Hindus, Shiva e Shakti entrelaçam-se num estado constante de paixão divina, representando a regeneração eterna das forças do universo. Eles também representam as polaridades universais dentro de nós todos: Shiva, a força sem limites da consciência pura; e Shakti, a energia primordial da criação. Quando Shiva e Shakti se unem, Shiva dá poder ao potencial inerente de Shakti. A união deles cria a todos os niveis manifestação e realização do eterno estado de estar no coração.

Fonte: http://tara-estreladecompaixao.blogspot.pt/

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