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"Onde estejas e por onde passes, sempre que possível, deixa algum sinal de paz e luz para aqueles irmãos que estão vindo na retaguarda, a fim de que não se percam do rumo certo." - Emmanuel

segunda-feira, 20 de julho de 2009

RELACIONAMENTOS NA NOVA ERA




Jeshua através de Pamela Kribbe


Esta canalização foi apresentada ao vivo, no dia 5 de fevereiro de 2006, em Oisterwijk, Holanda. O texto falado foi ligeiramente modificado para facilitar a leitura.


Queridos amigos,

É com muita alegria e felicidade que estou hoje aqui com vocês. Minha energia flui entre vocês e, como vocês podem sentir, isto não é uma palestra no sentido tradicional. Eu estou passando uma certa energia (além das informações) e vocês fazem parte disto, tanto quanto Pamela e Guerrit. Aos estarmos juntos aqui, nós criamos um campo ou vórtice de energia nesta sala, nesta abertura para a Terra. Portanto, este lugar é sagrado. Qualquer lugar onde pessoas – anjos em corpos humanos – se reúnem e se unem na intenção de semear sua luz na Terra, o solo torna-se sagrado.

Eu gostaria de falar brevemente alguma coisa sobre o fenômeno da “canalização”, que se tornou tão popular ultimamente. Todos vocês conhecem o conceito de “prana”, que é empregado na ioga e na filosofia oriental. Prana é uma energia espiritual que vocês levam para dentro de si a cada inspiração. A idéia é que vocês não respiram simplesmente oxigênio quando inspiram, mas também uma energia de força vital, uma energia cósmica que ultrapassa o físico e que os capacita a viver. Agora, o que eu queria pontuar é o seguinte: assim como todo mundo inala prana junto com o oxigênio ao respirar, todo mundo canaliza continuamente a seu próprio modo. A canalização não é reservada para poucas pessoas com dons especiais. A canalização é a coisa mais natural do mundo. Vejam, vocês não podem viver sem a energia cósmica. Vocês não podem existir, viver e se desenvolver sem inspirar a energia cósmica. Assim como vocês não podem viver apenas com oxigênio, vocês também não podem funcionar – nem mesmo de uma forma básica – sem alguma conexão com a energia cósmica, que é o seu lar. Terra e cosmos, oxigênio e prana, ambos são necessários para que vocês se manifestem completamente como seres humanos na realidade terrena.

Na primeira canalização desta nova série, Eu os chamei de porteiros, aqueles que abrem a porta para que mais Luz entre na Terra. Mas vocês também são os construtores de pontes, aqueles que fazem a intermediação entre os reinos cósmico e terreno, aqueles que canalizam a energia cósmica para a Terra. Isto é uma coisa que vocês realmente fazem e que vocês precisam fazer para se sentirem felizes, úteis e saudáveis. Vocês estão canalizando sempre que usam a sua intuição, sempre que se aprofundam em si mesmos e percebem como as coisas são para vocês e como vocês gostariam de modificá-las. Nesses momentos, vocês formam um canal com o seu Eu Superior, e conectam-se com a sabedoria dos reinos não terrenos, cósmicos, que poderão ampará-los para que alcancem seus objetivos aqui na Terra. Todos vocês canalizam de alguma forma para se re-alinharem com seu Eu Superior que está fora do espaço e do tempo,

Hoje vamos compartilhar nossas energias e nos unir para canalizar a energia cósmica que está tentando encontrar seu caminho para a Terra nesta Nova Era. A Nova Era não é mais uma visão do futuro. Ela já está se manifestando na vida diária de inúmeros indivíduos. Se vocês lerem os jornais e observarem as notícias, poderá parecer que o momento ainda não está maduro. Mas o despertar proporcionado pela Nova Era começa no nível individual, não no nível dos governos, instituições e organizações. É no dia-a-dia de cada um que um novo fluxo de energia se apresenta. É o fluxo do seu coração que os convida e lhes pede que vivam e ajam de acordo com a sua luminosidade e sabedoria. É assim que se dá o nascimento da Nova Era, através de indivíduos comuns que prestam atenção aos sussurros do seu coração. Espiritualmente, as fundações de qualquer mudança ou transformação são sempre construídas no nível individual. A energia que é despertada em seus corações gradualmente encontrará seu caminho para as instituições e organizações que ainda conservam o velho paradigma da consciência baseada no ego. Velhas fortalezas de poder ruirão, não pela violência mas pela suave energia do coração. Se o coração tomar o comando, haverá um colapso do velho, não sob a pressão do poder e da violência, mas sob a pressão do amor.


RELACIONAMENTOS NA NOVA ERA

Nesta Nova Era, os relacionamentos passam por uma grande transformação. Os relacionamentos quase sempre são a fonte das suas emoções mais profundas, indo desde a maior alegria até a profunda agonia. Nos relacionamentos, vocês podem se conscientizar de uma dor interna que é essencialmente muito mais antiga do que o próprio relacionamento, mais antiga até que a sua existência humana.

Nesta era, vocês são convidados, e muitas vezes desafiados, a chegar a uma autocura na área dos relacionamentos. Graças à nova energia que agora se apresenta, é possível transformar os elementos destrutivos de um relacionamento em um fluxo de energia positivo, equilibrado, entre vocês e a outra pessoa. No entanto, cura e transformação pessoal também podem significar que vocês terão que abandonar relacionamentos nos quais vocês não possam se expressar apropriadamente. Com freqüência isto significa que, mesmo que vocês amem muito uma pessoa, vocês terão que lhe dizer adeus, porque o caminho interior de cada um leva-o para um lugar diferente. Quer isso leve à renovação ou à dissolução de um relacionamento, todos vocês são desafiados a encarar as questões mais profundas na área das ligações pessoais. O chamado do coração, da energia baseada no coração que caracteriza a Nova Era, entrou no seu dia-a-dia e vocês não podem mais evitar a nova energia.

Para explicar porque os relacionamentos podem machucá-los tanto e virar a vida de vocês de cabeça para baixo, Eu gostaria de falar algumas coisas a respeito de uma dor antiga que vocês carregam dentro da sua alma. É uma dor muito antiga, muito mais antiga do que esta vida, mais antiga ainda do que as suas vidas anteriores na Terra. Quero levá-los de volta à dor original do seu nascimento como alma.

Houve um tempo em que tudo era inteiro e indiviso. Vocês podem imaginar isto? Permitam que a sua imaginação viaje livremente por uns instantes. Simplesmente imaginem: vocês não estão num corpo, vocês são pura consciência e fazem parte de um vasto campo energético que os envolve de um modo confortável. Vocês sentem que são parte desta unidade e são tratados carinhosa e incondicionalmente. Sintam como este campo de energia os envolve como um manto imensamente confortável, como uma energia abundantemente amorosa, que lhes permite explorar e se desenvolver livremente, sem jamais duvidar de vocês nem do seu direito intrínseco de ser quem vocês são. Nenhuma ansiedade, nenhum medo. Esta sensação de conforto e segurança constituiu as condições pré-natais, das quais vocês emergiram como almas individuais. Era um útero cósmico. Mesmo que isto esteja remotamente longe do seu atual estado, seus corações ainda anseiam por esta sensação de completude e inteireza, pelo sentimento de absoluta segurança que vocês vivenciaram sob aquele manto de amor e benevolência. A sensação de unidade da qual vocês se lembram era Deus. Juntos, naquele manto de amor, vocês constituíam Deus.

Num determinado momento, dentro dessa consciência divina ou “manto de amor”, decidiu-se criar uma nova situação. É muito difícil colocar isto em palavras humanas, mas talvez vocês possam imaginar que em Deus, essa consciência una, havia um desejo de “algo diferente”, algo além da unidade. Havia, por assim dizer, um desejo de experiência. Quando se está completamente assimilado pela totalidade do puro ser, não se experiencia nada… simplesmente se é. Devido ao êxtase e à total segurança desse estado de ser, havia uma parte de Deus, uma parte dessa consciência cósmica, que queria explorar e evoluir. Esta parte “separou-se de si mesma”.

Vocês são uma parte de Deus. Certa vez a sua consciência concordou com esta experiência de sair da unidade e tornar-se um “eu”, uma entidade em si mesma, uma consciência individual definida. Este foi um grande passo. Do fundo do seu ser, vocês sentiram que isto era uma coisa boa. Sentiram que o anseio por criatividade e renovação era uma aspiração positiva e valiosa. No entanto, no momento em que vocês realmente se separaram do campo da unidade, houve muita dor. Pela primeira vez na sua lembrança, pela primeira vez na sua vida, vocês sentiram uma dor profunda. Vocês foram arrancados de um reino de amor e segurança que tinha sido completamente incontestável para vocês. Esta é a dor do nascimento, à qual Eu me referi. Mesmo nas primeiras experiências intensas de desolação, alguma coisa nas profundezas de si mesmos, lhes dizia que “tudo estava bem”, que esta era a sua própria escolha. Mas a dor era tão profunda, que nas camadas mais externas do seu ser, vocês ficaram confusos e desorientados. E ficou difícil manter-se em contato com o seu conhecimento interior mais profundo, com o nível interno no qual vocês são Deus e sabem que “tudo está bem”.

Eu chamo essa parte atormentada, que surgiu nesse momento, de criança interior. A sua alma, a sua individualidade única, carrega dentro de si os dois extremos – de um lado, o puro conhecimento divino e, de outro lado, uma criança cósmica traumatizada. Esta união de Deus e Criança, de conhecimento e experiência, começou uma longa jornada. Vocês começaram como almas individuais. Vocês começaram a investigar e experienciar como é ser um “eu”, um indivíduo definido.

Deus tinha transformado uma parte dele mesmo em Alma. A alma precisa de experiência para reencontrar as suas origens divinas. A alma precisa estar viva, experimentar, descobrir, autodestruir-se e recriar… sentir quem ela verdadeiramente é, ou seja, Deus. A manifestação como um ser uno e completo tinha se despedaçado e precisava ser reconquistada pela experiência. Isto, por si mesmo, era uma grande proeza de criatividade. O nascimento da consciência do Eu foi uma espécie de milagre! Ela nunca tinha existido antes.

Com freqüência vocês procuram transcender os limites da individualidade do Eu, para experienciar a integridade e a profunda unidade outra vez. Pode-se dizer que este é o verdadeiro objetivo da sua jornada espiritual. Mas, pensem um pouco: do ponto de vista de Deus, a individualidade do Eu, a separação, é que constitui o milagre! O estado de ser UM era a situação normal, “como sempre tinha sido”. No milagre de ser uma alma individual, oculta-se uma grande beleza, alegria e poder espiritual. O motivo de vocês não experienciarem isto desta forma, é que vocês ainda estão lutando com a dor do seu nascimento como almas. Em algum lugar nas profundezas do seu ser, ainda ressoa o grito primordial de angústia e sentimento de traição; é a lembrança de ter sido arrancado da sua Mãe/Pai, do onipresente manto de amor e segurança.

Na jornada através do tempo e da experiência, vocês passaram por muitas coisas. Vocês experimentaram todos os tipos de formas. Houve várias encarnações nas quais vocês não tinham a forma de um corpo humano, mas isto não é relevante agora. O que me importa, neste contexto, é que, através de toda essa longa história, vocês foram guiados por dois motivos diferentes. Por um lado, havia o prazer da exploração, criação e renovação, e, por outro, havia a saudade, a sensação de ter sido expulso do paraíso, e uma solidão insuportável.

Através da parte aventureira e progressiva de vocês, da energia que os empurrou para fora do útero cósmico, vocês vivenciaram e criaram muitas coisas. Mas, devido à saudade e à dor do nascimento que vocês carregam dentro de si, vocês também tiveram que lidar com muito trauma e desilusão. Assim, as suas criações nem sempre foram benevolentes. Durante a sua jornada através do tempo e do espaço, vocês fizeram coisas das quais se arrependeram mais tarde. Coisas que vocês poderiam chamar de “ruins” (entre aspas). Da nossa perspectiva, estas ações foram simplesmente o resultado da sua determinação de mergulhar na experiência e se aventurar no desconhecido. Vejam, a partir do momento em que vocês decidem tornar-se um indivíduo, separar-se da unidade incontestável, vocês não podem experienciar apenas a luz. Vocês têm que descobrir tudo de novo. Então, vocês vão experienciar inclusive a escuridão. Vocês vão experienciar tudo que existe, em todos os extremos.

No ponto de evolução em que vocês se encontram atualmente, vocês começam a entender que tudo se mantém ou cai com o poder que adquirem ao abraçarem verdadeiramente o seu Eu. É uma questão de abraçar verdadeiramente a sua própria divindade e, a partir dessa autoconsciência, vivenciar alegria e abundância. No instante do seu nascimento cósmico, no momento em que vocês foram envolvidos pela desolação e a dor, vocês começaram a se sentir pequeninos e insignificantes. A partir desse momento, vocês começaram a procurar alguma coisa que pudesse salvá-los – um poder ou força fora de vocês, um deus, um líder, um parceiro, um filho, etc… No processo de despertar que vocês estão vivenciando agora, vocês compreendem que a segurança essencial que vocês estão buscando não vai ser encontrada em nada que esteja fora de vocês, seja num dos pais, num amante, ou em um deus. Por maior que seja a intensidade com que esse desejo ou saudades seja disparado em um determinado relacionamento, vocês não encontrarão esta segurança básica nele, nem mesmo no seu relacionamento com Deus.

Pois o Deus no qual vocês acreditam – o Deus que lhes foi legado pela sua tradição e que ainda influencia intensamente a sua percepção – é um Deus que está fora de vocês. É um Deus que programa as coisas por vocês, que traça o caminho para vocês. Mas este Deus não existe. Vocês são Deus, vocês são a parte criativa de Deus que decidiu seguir o seu próprio caminho e experienciar as coisas de uma forma totalmente diferente. Vocês tinham certeza que conseguiriam curar-se da sua ferida primordial do nascimento.

Pode-se dizer que essa energia expansiva de exploração e renovação é uma energia masculina, enquanto a energia da unificação, da união, a energia do Lar, é feminina. Estas duas energias pertencem à essência de quem vocês são. Como almas, vocês não são nem masculinos nem femininos. Essencialmente, vocês são ambos – masculino e feminino. Vocês começaram a sua jornada com esses dois ingredientes. E agora chegou o momento de permitir que eles trabalhem juntos em harmonia, o que significa vivenciar verdadeiramente a totalidade no seu ser. Depois de terem negado a sua própria grandeza por tanto tempo, finalmente vocês vão começar a tomar consciência de que não há outra alternativa senão a de ser o Deus que vocês estão procurando.

Este é o último passo que vocês têm que dar em direção à iluminação: compreender que vocês são o Deus pelo qual vocês imploram. Não existe nada fora de vocês que possa levá-los ao âmago do seu próprio poder, à sua totalidade. Só vocês mesmos podem fazer isso; vocês são Deus e sempre foram! Vocês sempre estiveram esperando por vocês mesmos.

Acender esta chama de autoconsciência dentro de vocês lhes traz tanta alegria, uma sensação tão profunda de volta ao lar, que põe todos os seus relacionamentos dentro de uma nova perspectiva. Por exemplo, vocês se preocupam menos com o que as outras pessoas lhes dizem. Se alguém os critica ou duvida de vocês, vocês não consideram isso como algo pessoal. Vocês se sentem menos atingidos ou ansiosos para reagir. Vocês deixam isso passar com mais facilidade, e desaparece a necessidade de se defenderem – tanto para si mesmos quanto para a outra pessoa. Se vocês são facilmente abalados emocionalmente pelo que outra pessoa pensa de vocês, isso indica que existe uma desconsideração por si mesmos, que faz com que vocês dêem crédito às opiniões negativas dos outros. Este falta de apreço por si mesmos não se resolve procurando um conflito com os outros, mas só voltando-se para o seu próprio interior e entrando em contato com suas feridas emocionais internas, pois elas são muito mais antigas do que esse momento específico de rejeição.

De fato, todas as dores de rejeição, todas as dores de relacionamentos, têm origem na dor primordial, na dor ainda não curada do nascimento. Pode parecer que Eu estou dando um passo muito grande aqui, pois existem vários tipos de situações complexas nos relacionamentos, que parecem indicar que a causa está mais próxima. Pode lhes parecer que a sua dor é causada por algo que o seu parceiro/a fez ou não fez. Pode lhes parecer que alguma coisa externa a vocês está causando a dor. Mas deixem que Eu lhes diga: basicamente vocês estão trabalhando na cura de uma dor antiga que está dentro de vocês mesmos. Se vocês não estiverem conscientes disto, vocês podem facilmente se enredar em problemas de relacionamentos, que podem ser extremamente dolorosos.

Especialmente em relacionamentos entre homem e mulher (relacionamentos amorosos), vocês freqüentemente tentam forjar uma espécie de unidade e segurança entre ambos, que lembra o estado primordial de unidade do qual vocês têm uma vaga lembrança. Subconscientemente, vocês tentam recriar a sensação de estar confortavelmente envolvidos em um manto de amor e aceitação incondicionais. Existe uma criança dentro de cada um de vocês, que está chorando por essa aceitação incondicional. No entanto, se essa criança coloca seus braços ao redor da (parte) criança do seu parceiro/a, isto muito freqüentemente resulta num controle sufocador, que bloqueia a auto-expressão genuína de ambos os parceiros.

O que acontece é que vocês se tornam emocionalmente dependentes e sempre vão precisar do amor ou da aprovação de outra pessoa para o seu bem estar. Dependência sempre acaba se transformando em questões de poder e controle, pois precisar de uma pessoa é o mesmo que querer controlar o comportamento dela. Este é o começo de um relacionamento destrutivo. Desistir da sua própria individualidade num relacionamento, guiados por um anseio subconsciente pela unidade absoluta, é destrutivo tanto para vocês mesmos quanto para a outra pessoa.

O verdadeiro amor entre duas pessoas mostra dois campos de energia que podem funcionar em completa independência um do outro. Cada um deles é uma unidade em si mesmo e se conecta com o outro na base da unidade. Em relacionamentos nos quais os parceiros dependem um do outro, encontramos um esforço não coordenado por uma “totalidade orgânica”: um não querendo ou não sendo capaz de funcionar sem o outro. Isto leva a um entrelaçamento de energias que pode ser observado no campo áurico de ambos como cordões, através dos quais os parceiros alimentam um ao outro. Eles se alimentam com as energias adicionais de dependência e controle. Este tipo de entrelaçamento de energia indica que vocês não se responsabilizam por si mesmos, que vocês não encaram a antiga ferida da alma que só vocês mesmos podem curar. Se vocês simplesmente se voltassem para essa dor mais profunda e assumissem a responsabilidade por si mesmos, veriam que vocês não precisam de ninguém mais para ser completos, e se libertariam do aspecto destrutivo do relacionamento.


RELAÇÕES CÁRMICAS

Neste contexto, Eu gostaria de dizer alguma coisa sobre “relacionamentos cármicos”. Com isso, Eu me refiro a relacionamentos entre pessoas que se conheceram em outras vidas e que experimentaram emoções intensas, um em relação ao outro. A característica de um relacionamento cármico é que os parceiros carregam emoções não resolvidas dentro de si, tais como culpa, medo, dependência, ciúme, raiva ou algo do tipo. Devido a essa “carga” de emoções não resolvidas, eles se sentem atraídos um ao outro em uma outra encarnação. O objetivo do reencontro é proporcionar uma oportunidade para se resolver o problema em questão. Isto acontece recriando-se o mesmo problema em um curto espaço de tempo. Quando eles se conhecem, os “jogadores” cármicos sentem uma compulsão de estar mais perto um do outro, e depois de algum tempo, eles começam a repetir os padrões emocionais dos seus antigos papéis. Então, o palco está armado para que ambos enfrentem um antigo problema de novo e talvez lidem com ele de uma forma mais iluminada. O propósito espiritual do reencontro, para ambos os parceiros, é que eles façam escolhas diferentes das que fizeram naquela vida passada.

Vou lhes dar um exemplo. Imaginem uma mulher que, numa vida passada, teve um marido que era muito possessivo e dominador. Ela aceitou isso durante algum tempo, mas chegou um ponto em que ela decidiu que já era o bastante e terminou o relacionamento. Um pouco mais tarde, o marido se suicida. A mulher sente remorsos. Ela acredita que é culpada – será que ela não deveria ter lhe dado mais uma chance? Ela carrega essa sensação de culpa consigo pelo resto da sua vida.

Então eles se encontram de novo em uma outra vida. Existe uma estranha atração entre eles. No começo, o homem é excepcionalmente charmoso e ela é o centro das atenções dele. Ele a adora. Eles começam um relacionamento. Desse momento em diante, ele se torna cada vez mais ciumento e possessivo. Ele suspeita de adultério por parte dela. Ela fica brava e aborrecida por ser acusada de algo que ela não fez, mas também sente uma estranha obrigação de ser tolerante e lhe dar uma outra chance. “Ele é um homem ferido” – ela pensa – “e não pode evitar esse medo de ser abandonado. Talvez eu possa ajudá-lo a superar isso.” Ela justifica seu próprio comportamento desta forma, mas na verdade ela permite que os seus limites pessoais sejam violados. O relacionamento afeta negativamente a sua auto-estima.

A escolha mais libertadora para essa mulher seria romper esse relacionamento, nesse instante, e seguir seu próprio caminho sem sentimentos de culpa. A dor e o medo que o seu marido sente não são responsabilidade dela. A dor dele e o sentimento de culpa dela levam-nos a um relacionamento destrutivo. O relacionamento deles já estava emocionalmente carregado por causa de uma outra vida. A razão para um novo encontro é que a mulher deve aprender a deixar as coisas acontecerem sem sentimentos de culpa, e que o homem deve aprender a se sustentar emocionalmente por si só. Então, a única solução verdadeira é romper o relacionamento. A solução para o carma da mulher é abandonar o seu sentimento de culpa finalmente. O “erro” que ela cometeu na sua vida passada não foi ter abandonado o marido, mas ter se sentido responsável pelo suicídio dele. A partida da sua esposa, nesta vida, faria o marido se confrontar outra vez com a sua própria dor e medo e lhe ofereceria a oportunidade de encarar suas emoções em vez de fugir delas.

Um encontro carmático pode ser reconhecido pelo fato de que a outra pessoa imediatamente lhes parece estranhamente familiar. Com muita freqüência há também uma atração mútua, uma urgência “no ar”, que os impulsiona a estar juntos e descobrir um o outro. Se a oportunidade estiver disponível, essa forte atração poderá se transformar num relacionamento amoroso ou numa intensa paixão. As emoções que vocês experimentam podem ser tão avassaladoras, que vocês pensam que encontraram a sua alma gêmea. No entanto, as coisas não são o que parecem. Sempre haverá problemas em uma relação como essa, que virão à tona mais cedo ou mais tarde. Geralmente os parceiros acabam se envolvendo num conflito psicológico, cujos ingredientes principais são poder, controle e dependência. Desta forma, eles repetem uma tragédia que o seu subconsciente reconhece de uma vida anterior. Numa vida passada, eles podem ter sido amantes, pai e filho, patrão e funcionário, ou algum outro tipo de relacionamento. Mas sempre eles tocaram uma ferida interna profunda do outro, através de atos de infidelidade, abuso de poder ou, de um outro lado, uma afeição muito forte. Houve um encontro emocional profundo entre eles, que provocou cicatrizes profundas e trauma emocional. É por isso que as forças de atração, assim como as de repulsão, podem ser tão violentas quando eles se encontram novamente em uma outra encarnação.

O convite espiritual para todas as almas que estão enredadas desta forma é que cada um deixe o outro ir e se torne uma “entidade em si mesma”, livre e independente. Relacionamentos cármicos, como os que acabo de mencionar, quase nunca são duradouros, estáveis e amorosos. São relacionamentos muito mais destrutivos do que curadores. Com muita freqüência, o propósito básico do encontro é que ambos consigam se desapegar do outro. Isto é algo que não pôde ser feito em uma ou mais vidas passadas, mas agora existe uma nova oportunidade para que cada um libere o outro com amor.

Se vocês se encontram em um relacionamento caracterizado por emoções intensas e que evoca muita dor e tristeza, mas do qual vocês não conseguem se libertar, por favor entendam que nada os obriga a ficar com a outra pessoa. Inclusive, percebam que é muito mais freqüente que as emoções intensas estejam relacionadas com dor profunda do que com amor mútuo. A energia do amor é essencialmente calma e pacífica, alegre e inspiradora. Não é pesada, cansativa nem trágica. Se um relacionamento adquire estas características, é hora de abandoná-lo, ao invés de tentar “trabalhar nele” mais uma vez.

Algumas vezes, vocês se convencem de que precisam ficar juntos porque “compartilham o mesmo carma” e precisam “resolver algumas questões juntos”. Vocês utilizam a “natureza do carma” como um argumento para prolongar o relacionamento, enquanto vocês dois estão sofrendo imensamente. Na verdade, vocês estão distorcendo o conceito de carma aí. Vocês não resolvem um carma juntos: o carma é uma coisa individual. O carma que está em jogo em relacionamentos, como os mencionados anteriormente, geralmente requer que vocês se desapeguem completamente um do outro, que vocês se afastem de tais relacionamentos, para que possam experienciar que vocês são completos em si mesmos. Repito: resolver um carma é algo que cada um faz sozinho. Uma outra pessoa pode tocar ou disparar algo em vocês que cria bastante drama entre ambos. Mas a tarefa e o desafio exclusivos de cada continuam sendo lidar com a sua própria ferida interna e não com as questões da outra pessoa. Cada um tem responsabilidade apenas por si mesmo.

É importante entender isto, porque esta é uma das principais armadilhas nos relacionamentos. Vocês não são responsáveis pelo seu parceiro e ele não é responsável por vocês. A solução dos seus problemas não está no comportamento da outra pessoa. Muitas vezes, vocês ficam tão ligados à criança interior do seu parceiro – à parte emocionalmente ferida de dentro dele – que sentem que vocês é que têm que resgatá-la. Ou o seu parceiro pode estar tentando fazer o mesmo com vocês. Mas isto não vai funcionar, porque vocês estarão reforçando a sensação de impotência e o sentimento de vítima da outra pessoa, quando, em última análise, seria mais proveitoso se vocês fixassem os limites e cada um se mantivesse por si mesmo. Esta é a condição mais importante para um relacionamento verdadeiramente satisfatório.


RELACIONAMENTOS CURADORES

Existem relacionamentos curadores e destrutivos. Uma característica dos relacionamentos curadores é que os parceiros respeitam um ao outro como ele é, sem que um tente mudar o outro. Eles sentem muito prazer na companhia do outro, mas não se sentem inquietos, desesperados ou sós quando o outro não está por perto. Neste tipo de relacionamento, cada um oferece compreensão, amparo e encorajamento ao seu ente querido, sem tentar resolver os problemas dele. Existe liberdade e paz nesse relacionamento. É lógico que pode haver desentendimentos, de vez em quando, mas as emoções que eles provocam têm vida curta. Os dois parceiros estão preparados para perdoar. Existe uma conexão entre seus corações e, como resultado disso, eles não tomam as emoções e os erros do outro como algo pessoal. Como isso não atinge uma camada mais profunda de dor, eles não lhe dão tanta importância. Emocionalmente, ambos os parceiros são independentes. Eles não retiram sua força e bem-estar da aprovação ou da presença do seu parceiro. Um não preenche um vazio na vida do outro, mas lhe acrescenta algo novo e vital.

Em um relacionamento curador, os parceiros podem inclusive se conhecer de uma ou mais vidas passadas. Mas, nestes casos, raramente existe uma carga emocional cármica como a descrita acima. Essas duas almas podem ter se conhecido numa vida passada de uma forma essencialmente encorajadora e sustentadora. Como amigos, parceiros ou como pai e filho, eles reconheceram um ao outro como companheiros de alma. Isso cria um laço indissolúvel entre ambos através de várias vidas.

Darei um outro exemplo. Um jovem cresce numa família pobre em algum lugar na Idade Média. Ele é bondoso e sensível por natureza e não se adapta muito bem ao seu ambiente. Sua família é formada por pessoas que trabalham duro, pessoas um tanto rudes, que dão pouca importância à sua natureza sonhadora e nada prática. Quando ele já está crescido, ele entra para um mosteiro. Ele também não é feliz lá, porque a vida é rigidamente regulamentada e não existe calor humano nem companheirismo entre as pessoas que vivem lá. No entanto, há um homem ali que é um pouco diferente. É um padre, que tem um posto elevado, mas que não tem nenhum ar de autoridade e que está realmente interessado nele. De vez em quando, ele lhe pergunta como as coisas estão indo e lhe dá algumas tarefas agradáveis, como jardinagem. Cada vez que eles olham um para o outro, existe uma sensação de reconhecimento, algum tipo de afinidade entre eles. Há uma conexão silenciosa que vem do coração. Embora eles não se encontrem sempre nem conversem muito, o padre é uma fonte de esperança e encorajamento para o jovem.

Numa encarnação posterior a essa, esse homem é uma mulher. Mais uma vez, ela tem uma natureza bondosa e sonhadora. Ela tem dificuldade para se manter sozinha. Quando se torna adulta, ela se vê atolada num casamento com um homem muito autoritário e dominador. No começo, ela foi atraída pelo seu notável e poderoso carisma, mas mais tarde ela percebe o quanto o domínio dele a restringe e oprime. Entretanto, ela acha muito difícil libertar-se dele. No seu trabalho, algumas vezes ela menciona essa questão para um colega, um homem um pouco mais velho que ela. Ele a encoraja a se manter por si mesma e permanecer fiel às suas próprias necessidades. Cada vez que ela conversa com ele, ela sabe intuitivamente que ele está certo. Aí, depois de muito conflito interior, ela acaba se divorciando do marido. Então, o contato com aquele colega muda. Ela sente afeição por ele. Ela descobre que ele é solteiro. Ela se sente tão à vontade com ele, que parece que eles se conhecem há séculos. Eles começam um relacionamento, que é afetuoso, relaxado e encorajador para ambos. A simpatia que fluía entre eles numa vida passada, agora toma a forma de um relacionamento satisfatório como marido e mulher.

Isto é um relacionamento curador. A mulher tomou uma decisão essencial ao abandonar o marido e escolher por si mesma. Com isso, ela afirmou a sua independência emocional. Isto criou a base para um relacionamento equilibrado e amoroso com uma alma afim.


ALMAS GÊMEAS

Neste ponto, Eu gostaria de falar alguma coisa sobre o conceito de almas gêmeas, que provavelmente é familiar para vocês. A idéia de almas gêmeas exerce uma profunda atração sobre vocês. No entanto, ele é potencialmente muito perigoso, porque pode ser interpretado de forma a reforçar a dor do nascimento e a dependência emocional em cada um de vocês, em vez de solucioná-las. Isto acontece quando vocês concebem o conceito de almas gêmeas de forma que exista uma outra pessoa que se adapte perfeitamente a vocês e que os torne “completos”. Esta idéia concebe a alma gêmea como a sua “outra metade”. Então vocês assumem que a unidade e a segurança, que vocês tanto desejam, serão encontradas em outra pessoa que combina perfeitamente com vocês.

De acordo com esta noção “imatura” de almas gêmeas, as almas são consideradas como duas metades que, juntas, formam uma unidade. Geralmente, as duas metades são respectivamente masculina e feminina. Então, esta idéia sugere, não só que vocês são incompletos em si mesmos, mas que também são essencialmente “masculinos” ou “femininos”. Provavelmente vocês podem perceber que esta noção de almas gêmeas não é saudável nem curadora, do ponto de vista espiritual. Ela torna vocês dependentes de algo fora de vocês. Ela nega a sua origem divina, que pressupõe que vocês são TUDO, masculino e feminino, e que vocês são inteiros e completos em si mesmos. Ela cria todo tipo de ilusão que os leva para muito longe do Lar. E por “Lar”, Eu quero dizer o seu próprio ser, a divindade do seu Eu. Nenhuma alma é a metade de qualquer outra pessoa.

Almas gêmeas realmente existem, e elas são literalmente o que essa palavra sugere: elas são gêmeas. Elas são almas com a mesma “tonalidade de sentimento” ou vibração, ou – pode-se dizer – com o mesmo momento de nascimento, como é o caso dos gêmeos biológicos. O momento particular de nascimento, esse momento único no tempo e no espaço, contribui para uma carga única de tonalidade de sentimento dentro das almas que nascem. Elas não dependem uma da outra de nenhum modo. Elas não são nem masculinas nem femininas. Mas elas certamente estão sintonizadas uma com a outra, como espíritos aparentados.

Qual é o motivo para a criação de almas gêmeas? Por que elas existem? Ah… vocês geralmente pensam que a razão de ser de alguma coisa é o processo de aprendizado e seus efeitos. Mas este não é o caso das almas gêmeas. O motivo da existência de almas gêmeas não é aprender alguma coisa. O propósito é simplesmente alegria e criatividade. As almas gêmeas não têm nenhuma função na dualidade. Vocês encontrarão suas almas gêmeas quando estiverem transcendendo a dualidade, quando se identificarem novamente com o Deus dentro de vocês, que é inteiro e indivisível e que é capaz de tomar qualquer forma ou aparência. As almas gêmeas se reencontram na sua jornada de volta ao Lar.

Vamos voltar um pouco ao começo da jornada. No momento em que vocês abandonam o estado de unidade e se tornam indivíduos, vocês entram na dualidade. De repente passa a existir escuridão e luz, grande e pequeno, doente e saudável, etc… A realidade se dissocia. Vocês não têm mais ponto de referência para o que vocês realmente são. No começo, vocês se identificavam como “uma parte do todo”. Agora, vocês são uma parte isolada do todo. Mas, sem o seu conhecimento consciente, vocês são acompanhados por alguém que é igual a vocês, que se parece com vocês tão exatamente como nada mais poderia parecer. Vocês ocupavam o “mesmo lugar” no manto da unidade, tão próximos um do outro, que vocês não sabiam que eram dois, até que nasceram. O que os conecta é algo além da dualidade, algo que antecede a história da dualidade. Isto é difícil de se expressar apropriadamente em palavras, porque desafia a sua definição corrente de identidade, segundo a qual vocês ou são um ou são dois e não podem ser ambos ao mesmo tempo.

Então, vocês dois empreenderam uma viagem, uma longa viagem, através de muitas experiências. Ambos experienciaram os extremos da dualidade, para descobrir gradualmente que a sua essência não se encontra na dualidade, mas fora dela, em algo que é subjacente a ela. Logo que vocês se tornam profundamente conscientes dessa unidade implícita, a sua jornada de volta começa. Pouco a pouco, vocês se tornam menos ligados a coisas externas, como poder, fama, dinheiro ou prestígio. Cada vez mais, vocês compreendem que a chave não é o que vocês experienciam, mas como o experienciam. Vocês criam sua própria felicidade ou infelicidade através do seu estado de consciência. Vocês descobrem o poder da sua própria consciência.

Depois de passarem por todos os altos e baixos da dualidade, há um momento em que vocês encontram a sua alma gêmea. Na energia e aparência da sua alma gêmea, vocês reconhecem uma parte muito profunda de si mesmos, sua essência além da dualidade e, através desse mesmo reconhecimento, vocês começam a entender melhor a si mesmos e tornam-se conscientes de quem vocês realmente são. O seu gêmeo é um ponto de referência para vocês, que os leva para fora das crenças limitadoras com as quais vocês foram alimentados e que vocês assumiram nesta vida e em outras vidas passadas. Vocês se libertam ao enxergarem esse reflexo de si mesmos no seu gêmeo. Isto é como um lembrete e não tem nada a ver com dependência emocional. O encontro entre vocês dois ajuda cada um de vocês a se tornar um indivíduo mais forte e autoconsciente, expressando a sua criatividade e amor na Terra. Esse encontro acelera a sua jornada de volta, já que os ajuda a se elevar a um nível superior de unidade, enquanto conservam e expressam completamente o seu eu, a sua individualidade única.

Em última instância, todos nós somos um. Somos sustentados por uma energia que é universal e está em todos nós. Mas, ao mesmo tempo, existe individualidade em todos nós. A alma gêmea é a ligação entre a individualidade e a unidade. É como um degrau para a unidade. Se vocês se conectam com suas almas gêmeas, consciente e materialmente, vocês provocam a criação de uma coisa nova:- uma terceira energia é gerada a partir da combinação das suas ações. Essa energia sempre ajuda a ampliar a consciência da unidade, numa escala maior do que se fossem somente as duas. Como as almas gêmeas estão no seu caminho de volta ao Lar, elas sentem-se inspiradas a ancorar as energias de amor e unidade na Terra, e fazem isso de uma forma que está de acordo com seus talentos e habilidades únicas. Deste modo, as almas gêmeas adoram construir degraus entre “ser um” e “ser Um”.

Existe uma ligação profunda entre almas gêmeas, mas isto não altera o fato de que elas são unidades completas em si mesmas. A sua união gera amor e alegria e o seu encontro aumenta a criatividade e a auto-realização. Elas apóiam uma à outra, sem cair na armadilha da dependência emocional ou do hábito. O amor entre almas gêmeas não é para que um complete o outro, mas para criar algo novo: em vez de os dois se tornarem um, os dois devem se tornar três.


CURA DA DOR DO NASCIMENTO CÓSMICO

Em algum momento, vocês encontrarão a sua alma gêmea. Por favor, permitam que este conhecimento seja o suficiente para vocês. Tentem não se envolver com esperanças e expectativas que poderiam tirá-los do aqui e agora. O que importa, neste preciso momento, é que vocês compreendam completamente que o amor e a segurança, que vocês tanto desejam, está presente dentro de si mesmos. A chave é compreender que esta absoluta auto-aceitação nunca lhes poderá ser dada por mais ninguém, nem mesmo por sua alma gêmea.

Não apenas nos relacionamentos amorosos, mas também nos relacionamentos entre pais e filhos, existe a tentação de encontrar a unidade absoluta ou a segurança um no outro. Pensem num pai que secretamente deseja que seu filho realize todos os sonhos que ele mesmo não conseguiu concretizar; ou num filho que, já adulto, ainda se prende aos seus pais e os considera como seu porto absolutamente seguro.

É importante que vocês se conscientizem das dinâmicas e motivos por trás dos seus relacionamentos, e curá-los à luz da sua consciência. As suas saudades cósmicas não serão curadas por um relacionamento nem em um relacionamento. Isto será feito apenas por vocês mesmos, através da completa conscientização de quem vocês são, através da percepção da sua própria luz, beleza e divindade. Este é o destino da sua jornada.

Inclusive, vocês não retornarão ao estado de unidade do qual vocês vieram. O “manto de amor” do qual vocês nasceram constituiu o seu estágio embrionário. Agora, vocês estão se tornando deuses amadurecidos. Vocês criarão campos de absoluta segurança e amor a partir dos seus próprios corações e permitirão que outros participem disto, sem nenhuma condição. Esta é a essência de Deus: amor incondicional que irradia, cria e cuida sem nenhuma programação, nem nenhum cálculo.

Agora Eu gostaria de pedir a cada um de vocês que fique em silêncio por alguns instantes e sinta verdadeiramente o seu Eu, o seu ser único em você mesmo. Se estiver rodeado de pessoas, então sinta mais intensamente o seu “Eu”. Incondicionalmente, você é essa parte de Deus. Não é algo que possa ser tirado de você, mas uma presença inegável que É.

E agora sinta como o fato inegável da presença do seu Eu pode ser uma fonte de alegria e força para você. Diga sim para o milagre do seu próprio ser e abrace-o. “Sim, Eu sou Eu. Eu sou separado e único, meu próprio ser. Eu posso me conectar profundamente com outros, mas também me conservar sempre um ‘Eu’.” Você pode pensar que há solidão e desolação, por trás deste fato, mas por favor vá além destes pensamentos e sinta o poder e vitalidade dentro de você. Se você realmente disser “sim” para a sua individualidade, você experimentará confiança e fé em si mesmo. Com base nisto, você criará relacionamentos amorosos, e a solidão e a desolação se dissolverão.

Quando sentimentos de solidão e desolação tomarem conta de você, pegue a sua criança interior no colo. Observe a dor dessa criança. Ela anseia pela total segurança que ela conheceu um dia, como um embrião. Ela quer ver essa segurança refletida no rosto do seu parceiro, no rosto do seu filho, no rosto da sua mãe ou do seu pai, no rosto do seu terapeuta… Então, mostre a essa criança o seu rosto. Para essa criança, você tem o rosto de um anjo. Você tem o poder de curar essa criança da forma mais absoluta que você pode sonhar. Nem Eu, nem nenhum “mestre” é capaz de fazer isto por você. Nós só podemos lhe mostrar a direção. Você mesmo é o seu próprio salvador.

Finalmente, Eu gostaria de convidar todos vocês a sentir a união de todos nós juntos, por uns instantes. Mesmo se vocês não estiverem presentes, se estiverem lendo este material, sintam a nossa conexão. Não focalizem o Eu agora, mas a nossa união, de uma forma bem livre e tranqüila. Sintam a energia, sintam aquilo que nos une. É um anseio pelo estado de totalidade. Agora, imaginem que nós estamos rodeados pela energia mais poderosa que existe, a energia dos seus seres despertos, a energia do anjo dentro de vocês. Vamos inspirar esta energia e vamos nos dar uns minutos para senti-la profundamente dentro de nós.

Obrigado pela sua presença.



© Pamela Kribbe 2006

www.jeshua.net



Tradução por Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br

Revisão: Luiz Corrêa.

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